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Plano Diretor é aprovado em 1ª votação

Projeto que fixa diretrizes da cidade por 16 anos passa na Câmara, sob pressão de sem-teto e após acordo entre PT e PSDB

Ideia é incentivar construção de prédios em corredores de transporte público e restringir nos bairros

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

Sob intensa pressão de movimentos de sem-teto e após negociações entre PT e PSDB, a Câmara Municipal aprovou ontem, em primeira votação, o Plano Diretor de São Paulo --conjunto de diretrizes que planeja o crescimento da cidade nos próximos 16 anos.

A proposta teve 46 votos a favor e 2 contra --de Toninho Vespoli (PSOL) e Gilberto Natalini (PV)-- depois de sem-teto protestarem por mais de 24 horas e até dormirem na sede do Legislativo para cobrar a aprovação do texto.

Ele ainda terá que passar por segunda votação --que deve ocorrer até o fim do mês.

A ideia geral do plano é incentivar a construção de edifícios altos ao longo dos grandes eixos viários com infraestrutura de transporte público --como perto de estações de metrô e corredores de ônibus-- e restringir a verticalização no miolo dos bairros.

Ele também limita as vagas de garagem de novos prédios --uma forma de restrição ao carro e incentivo ao transporte coletivo que ganhou apoio após os protestos de junho.

A pressão dos sem-teto ocorreu porque a proposta também aumenta as áreas onde serão construídas habitações para a população de baixa renda e prevê até construções em áreas atualmente consideradas de preservação ambiental --como na invasão Nova Palestina, na zona sul, onde vivem 8.000 famílias.

Anteontem, os sem-teto chegaram a entrar em confronto com a PM na frente da Câmara após a divulgação de que a votação seria adiada.

Para conseguir a aprovação, a base aliada do prefeito Fernando Haddad (PT) aceitou a inclusão de emendas do PSDB para a segunda a votação. O texto final sofreu uma série de alterações em relação ao projeto entregue por Haddad em setembro de 2013.

O relator Nabil Bonduki (PT) incluiu, por exemplo, um limite de oito andares na altura dos edifícios no interior dos bairros --iniciativa criticada pelo mercado imobiliário porque bairros como Pompeia, Perdizes e Moema já estão cheios de espigões.

Mas, após críticas, foram admitidas exceções. O tema voltará no debate da lei de uso e ocupação do solo, previsto para 2015 e que fixa regras específicas para cada região.

Entre as emendas previstas no acordo entre PT e PSDB está a que retira a previsão de uma estação de transbordo de lixo na Vila Jaguara, zona oeste --moradores protestaram contra a medida.

O plano aprovado foi elaborado após 45 audiências públicas. A última foi suspensa pela Justiça, após ação do movimento Preserva SP --para quem a proposta discutida era diferente da divulgada.


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