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Chuva no inverno deve ser maior, mas ela chegará tarde

DE SÃO PAULO

Após oito meses com chuvas abaixo da média sobre o sistema Cantareira, técnicos da Sabesp se animaram com relatório recente da Organização Meteorológica Mundial, ligada à ONU, que indica a chance de este inverno ser mais chuvoso no Sudeste.

Especialistas, porém, veem a previsão com cautela, já que as precipitações mais fortes viriam apenas em agosto e setembro.

Até lá, o nível do sistema Cantareira --que ontem operava com 10,4% de sua capacidade-- pode chegar ao limite, com risco de desabastecimento para cerca de 9 milhões de moradores da Grande SP.

"A situação é análoga à do paciente que precisa ser mantido vivo até que o remédio chegue de longe", diz Augusto José Pereira Filho, professor do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas), da USP.

Segundo ele, a previsão de chuvas no inverno se deve ao fenômeno "El Niño" (elevação de temperaturas na superfície do oceano Pacífico), que neste ano deve ocorrer de julho a dezembro.

"Em anos de El Niño', há cerca de 70% de chances de chover acima do normal em São Paulo. Mas é preciso considerar que choveu muito na Amazônia no último verão, então há menos umidade disponível na atmosfera", diz.

As previsões de longo prazo, segundo os especialistas, indicam apenas uma tendência de chuva. Não é possível prever, por exemplo, onde estas chuvas, se vierem, vão ser exatamente registradas.

O secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, diz que o nível do Cantareira subirá 18,5% quando o "volume morto" (reserva de água na zona mais funda das represas) começar a ser utilizado, em 15 de maio.

Até isso acontecer, a previsão de chuvas em São Paulo é quase zero. Segundo a Somar Meteorologia, deve chover apenas 1 milímetro até o próximo dia 12.

Cada milímetro equivale a um litro de água por metro quadrado. Num temporal forte na capital paulista, chove até 60 mm em uma hora. (HB)


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