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Madrasta dizia que Bernardo era 'semente do mal', afirma pai
Médico disse à polícia no dia 16 que a mulher 'odiava' o garoto
Em depoimento à polícia obtido pelo jornal "Zero Hora", o médico Leandro Boldrini, 38, pai do garoto Bernardo, 11, assassinado em abril, afirmou que a madrasta do garoto "odiava" seu filho e o chamava de "semente do mal".
Nesta semana, o advogado de Boldrini disse que entraria com o pedido de dissolução da união estável do casal.
Segundo o "Zero Hora", o médico disse que o medicamento Midazolam, um sedativo encontrado no corpo do garoto após a morte, era usado em sua clínica.
Boldrini afirmou que a madrasta "odiava" Bernardo e considerava o garoto "uma semente do mal".
"O interrogado diz que ela tinha ódio do guri'. Que Keli, enquanto estava sozinha com o interrogado, se referia ao Bernardo dizendo que ele era uma semente do mal', tudo por aquela louca da mãe dele que tinha se matado' (referindo-se à mãe do menino que cometeu suicídio em 2010)."
Boldrini contou também o que teria acontecido no dia 4, quando o filho foi morto.
Segundo ele, Graciele disse que levaria Bernardo para uma cidade vizinha, onde compraria uma televisão para presentear o enteado.
O médico disse que ficou trabalhando e foi comunicado pela companheira que o menino iria dormir na casa de um colega.
Depois disso, diz Boldrini, ele ligou para o celular do filho, mas não conseguiu falar com o menino. No domingo, dia 6 de abril, resolveu comunicar o desaparecimento do garoto à polícia.
O CRIME
Bernardo morava em Três Passos (RS) e desapareceu no dia 4 de abril. Dez dias depois, o corpo do garoto foi localizado em Frederico Westphalen (a 447 km de Porto Alegre).
Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, as investigações deverão ser concluídas até o dia 13.