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José Rui de Carvalho (1939 - 2014)

Agrônomo amante da literatura

FABRÍCIO LOBEL DE SÃO PAULO

Desde que aprendeu a ler, no interior de Minas Gerais, José Rui adquiriu um costume que levou para o resto da vida. Sempre que se deparava com algum verso bonito, guardava-o na memória até chegar em casa e escrevê-lo em um pequeno caderninho.

Fez isso com os versos de Camões, Casimiro de Abreu ou textos católicos.

José Rui formou-se em agronomia na Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, na década de 70. Desde então, mudou-se para o interior de São Paulo, onde trabalhou com eucaliptos e com agricultura familiar.

Paralelamente ao trabalho, José Rui mantinha uma rotina intensa de leituras. Além da literatura, costumava ler três jornais por dia, de acordo com a família. Entre eles, a Folha, para a qual sempre escrevia quando discordava de alguma matéria.

Acompanhava com paixão as notícias de política e futebol, principalmente matérias sobre o seu Corinthians.

Quando se aposentou, dedicou-se mais profundamente a outras paixões como os discos de Baden Powell e seus filmes de faroeste.

Com fama de ser muito caseiro, José Rui saía apenas para ir aos bares da cidade de Bauru para jogar sinuca com os amigos. Segundo a família, era um excelente competidor.

Na última disputa da qual participou, despediu-se de um amigo e adversário recitando de cor Carlos Drummond de Andrade. "E Agora, José?/ A festa acabou,/ a luz apagou,/ o povo sumiu,/ a noite esfriou,/ e agora, José?"

Morreu no dia 30 de abril, de infarto, aos 75, em Bauru. José Rui deixa a viúva e três filhos de dois relacionamentos.


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