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Pai do garoto Bernardo é indiciado sob suspeita de planejar assassinato

Também foram indiciadas a madrasta da criança, Graciele Ugolini, e uma amiga, Edelvânia

Defesa do médico nega e as mulheres dizem que morte foi acidental; inquérito foi entregue ontem à Justiça gaúcha

NATÁLIA CANCIAN DE SÃO PAULO

O inquérito sobre o assassinato do menino Bernardo, 11, entregue ontem à Justiça, aponta o médico Leandro Boldrini como suspeito de planejar a morte do filho.

A polícia diz ter encontrado "vários indícios" de que ele tinha conhecimento do crime e que não só foi o mentor como forneceu a receita médica para o sedativo injetado no menino. Ele nega.

Além de Boldrini, foram indiciadas a madrasta de Bernardo, Graciele Ugolini, e uma amiga dela, a assistente social Edelvânia Wirganovicz. Elas admitiram participação no crime, mas disseram que a morte do garoto foi acidental.

Eles estão em prisão temporária (que dura no máximo 60 dias) desde meados de abril. Ontem, a polícia pediu sua prisão preventiva, a qual não tem prazo para terminar.

Segundo a delegada Carolina Bamberg, responsável pelo caso, os três foram indiciados sob suspeita de praticar homicídio qualificado e ocultação de cadáver, com motivo fútil ("desamor e ódio") e torpe (pagamento a Edelvânia) e meio insidioso (traiçoeiro) que dificultou a defesa da vítima.

Segundo a polícia, um dos indícios contra Boldrini é a receita usada dias antes do crime para comprar o sedativo Midazolam, encontrado no corpo de Bernardo.

O documento teria sido assinado pelo médico, em nome de Edelvânia. A delegada afirmou que a assinatura ainda passará por perícia.

"Outra coisa que nos chamou a atenção foi que ele descartava algumas pistas [de onde Bernardo estaria] sem nem averiguar", diz Bamberg.

DESAPARECIMENTO

Bernardo morava em Três Passos (RS) com o pai, a madrasta e a meia-irmã e desapareceu no dia 4 de abril.

Dez dias depois, o corpo foi localizado numa cova rasa em um matagal na cidade de Frederico Westphalen, a 80 km de Três Passos.

Naquele dia, a polícia prendeu pai e madrasta do garoto, além de Edelvânia, por suspeita de participar do crime.

Segundo a polícia, foi a assistente social quem indicou onde estava o corpo. Vídeos mostram Graciele e Bernardo em Frederico Westhphalen no dia da morte. Os dois estavam no carro e encontram Edelvânia. Horas depois, de acordo com a polícia, apenas Graciele e a assistente social são vistas no veículo.

Outras imagens mostraram o carro de Graciele, dois dias antes do crime, próximo ao local onde o corpo foi encontrado. Isso, segundo a polícia, reforçou a suspeita de assassinato planejado.

No último sábado, também foi preso Evandro Wirganovicz, irmão da assistente social. Testemunhas relataram ter visto o carro de Evandro próximo ao local onde o corpo foi encontrado. Ele nega.


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