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Júri condena médico que esquartejou ex a 16 anos de prisão

Para jurados, Farah Jorge Farah tinha compreensão completa dos fatos, ao contrário do que defesa alegou

Também foi aceita tese da Promotoria de que crime em 2003 foi premeditado; réu pode recorrer em liberdade

MARINA GAMA CUBAS ROGÉRIO PAGNAN DE SÃO PAULO

O ex-médico Farah Jorge Farah foi condenado na madrugada desta quinta a 16 anos de prisão pelo assassinato e esquartejamento da ex-amante Maria do Carmo Alves, em janeiro de 2003. Ele pode recorrer em liberdade.

Farah já havia sido condenado a 13 anos em 2008, mas o Tribunal de Justiça anulou o júri, afirmando que um laudo oficial, que apontava pela semi-imputabilidade (não compreensão total dos atos do momento do crime) do réu, foi desconsiderado.

De novo, os jurados entenderam que Farah tinha compreensão completa dos atos.

O júri também aceitou a tese da acusação de que o crime foi "friamente" premeditado e que ocorreu por motivo torpe e modo que impossibilitou a defesa, o que acrescentou quatro anos à pena.

Para a Promotoria, ele planejou a ida de Maria do Carmo até sua clínica, alegando que lhe faria uma lipoaspiração. Então a matou, cortou o corpo em pedaços e os escondeu no porta-malas. Parte dos órgãos nunca foi encontrada.

"Ele foi tão frio que esquartejou a vítima. Tirou o pescoço dela e desapareceu com os órgãos", afirmou o promotor André Luiz Bogado Cunha.

A defesa não conseguiu convencer os jurados de que Maria do Carmo o perseguiu por mais de quatro anos, o que fez com que Farah ficasse "maluco" e cometesse o crime.

"Claro que ele ficou abalado, ninguém fez nada. O Estado não fez nada", afirmou o advogado Odel Antun ao relembrar que Farah registrou vários boletins de ocorrência após a ex-amante ameaçá-lo.

Em seu interrogatório, Farah, que teve seu registro cassado em 2006, manteve a versão de que a matou em momento de grande estresse e legítima defesa. "Agi de acordo com a lei. Agi em legítima defesa da minha vida e para proteger meu pai e minha mãe."


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