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Casos de dengue se espalham por mais distritos da cidade

Em um mês, doença atingiu outros oito distritos; para a prefeitura, registros são sazonais e não indicam epidemia

Em todo o município, a doença ainda não havia chegado a Marsilac, Guaianases, Sé e Socorro até quarta (14)

ARETHA YARAK DE SÃO PAULO

As confirmações de dengue se espalharam pela cidade de São Paulo em um mês. Segundo balanço da prefeitura, 92 dos 96 distritos tiveram casos da doença. Em 16 de abril, eram 84.

Além da expansão territorial, o boletim revela que é maior a quantidade de distritos com mais de cem casos da doença. Passaram de 5 para 12 (veja quadro).

Em toda a cidade, a dengue ainda não havia chegado em Marsilac, Guaianases, Sé e Socorro até esta quarta (14).

A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegipty e pode matar nas formas mais graves da doença.

Há um mês, o secretário municipal de Saúde, José de Filippi Jr., afirmou que a prefeitura iria "estancar" os casos de dengue na zona oeste da cidade, onde houve aumento de registros.

À época, Jaguaré e Lapa viviam uma explosão de casos da doença. A prefeitura reforçou os trabalhos de localização de larvas e combate ao mosquito transmissor.

De lá para cá, a situação não mudou. O distrito com mais pessoas com a doença na cidade ainda é o Jaguaré (787), seguido da Lapa (351).

DISSEMINAÇÃO

"Nunca vi na história do vetor estancar uma epidemia em duas semanas", diz o infectologista Artur Timerman.

Ele e outros especialistas dizem que a disseminação pode indicar uma epidemia.

"Como a grande maioria dos distritos tem a doença, isso pode reforçar a indicação de uma epidemia", diz.

A prefeitura descarta e considera os dados sazonais.

Para Timerman, a subnotificação pode limitar a real dimensão da dengue.

No hospital Edmundo Vasconcelos, onde ele trabalha, 420 casos foram confirmados nos últimos 30 dias.

O município já soma 5.093 pessoas infectadas neste ano, mais que o dobro verificado em 2013 inteiro, quando foram confirmados 2.617 casos.

O ciclo da dengue no país ocorre sempre no verão. Neste ano, devido ao atraso das chuvas, esse período deve terminar no final de junho.

A copeira Ana Lucia de Jesus Santos, 48, mora na Vila Santa Catarina, distrito do Jabaquara, zona sul, e pegou dengue apenas uma semana depois de seu filho.

"Fiquei internada por cinco dias com uma febre que não baixava. Ainda não me recuperei totalmente, estou de repouso e ingerindo muito líquido", conta.

Segundo ela, na rua logo abaixo da sua alguns moradores não permitem que agentes da prefeitura façam visita dentro das casas.

Os dados da prefeitura também apontam que o número de novos casos começa a crescer em ritmo desacelerado na cidade.

Para o infectologista Caio Rosenthal, do Emílio Ribas, essa tendência de redução é mais importante que a expansão territorial da doença.

Na última semana, o aumento foi de 13% em relação à anterior. Em abril, estava em 20% por semana.


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