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Reconstruída, matriz de Paraitinga reabre
Obras na igreja de 1840, destruída por forte temporal que devastou a cidade em 2010, custaram R$ 17 milhões
Cidade também ganhou museu que conta história da igreja e da tragédia que destruiu 300 prédios no centro
Após quatro anos em reforma, a igreja matriz de São Luiz do Paraitinga (a 182 km de São Paulo) foi reinaugurada nessa sexta-feira (16).
O edifício construído em 1840 havia se transformado em ruínas com as fortes chuvas que isolaram a cidade do Vale do Paraíba em 2010.
A reabertura da igreja de São Luiz de Tolosa, um dos principais pontos turísticos locais, atrasou pelo menos oito meses. A primeira previsão de entrega do espaço era em setembro de 2013.
Financiada pela Secretaria de Estado da Cultura, a reconstrução custou aproximadamente R$ 17 milhões e só foi possível devido a um levantamento feito pela pesquisadora Lívia Vierno.
Doutora em arquitetura pela USP, ela fez estudo detalhado sobre a igreja em 2003.
"Tenho cada centímetro quadrado registrado. Tudo como ela era, por dentro e por fora. Ela só pode ser reconstruída porque eu tinha esses desenhos. Se tivesse feito só com base em fotos de turistas ninguém conseguiria ter os detalhes arquitetônicos dela", disse Vierno.
A cidade ganhou também um museu que conta a história da igreja e da tragédia do verão de 2010. Nele, estão expostos alguns fragmentos da construção original, além de peças encontradas nos escombros da igreja destruída.
As chuvas de quatro anos atrás também levaram abaixo a pequena Capela das Mercês. Erguida em 1814, a construção foi reformada e entregue à população em 2011. A obra custou R$ 1,1 milhão.
OBRAS
Apesar da reabertura das igrejas, a restauração da cidade não está completa. Casarões do século retrasado ainda estão em obras conduzidas pelo governo do Estado.
"Dos 17 [edifícios] que receberam ajuda do governo para serem restaurados, só três ainda não foram entregues. É preciso firmar convênio com a prefeitura, que deve sair dentro dos próximos meses", diz o secretário da Cultura, Marcelo Araújo.
A enxurrada de 2010 danificou cerca de 300 prédios do centro histórico da cidade, que é tombado.
Parte foi reformada pelos próprios moradores. A entrega do acervo arquitetônico de São Luiz do Paraitinga ainda não tem data.
