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Lobby para o Plano Diretor de SP vai de igreja a aeroporto

Bancada de Haddad quer colocar projeto em discussão até o fim do mês; sem-teto prometem mais pressão

Mercado imobiliário quer construir mais e mais barato; PSDB fez acordo com PT e deve garantir emendas

ARTUR RODRIGUES DE SÃO PAULO

O futuro Plano Diretor da capital enfrenta lobbies que vão da regularização de igrejas e ocupações de sem-teto até a criação de um novo aeroporto, passando pela demanda do mercado imobiliário para poder construir mais.

O projeto, que definirá as regras de crescimento da cidade nos próximos 16 anos, deve ir a plenário novamente para discussão até o fim do mês, sob grande pressão.

A principal vem do MTST (Movimento de Moradores Sem-Teto), que, antes da aprovação do projeto em primeira votação, fez plantão na Câmara dos Vereadores e chegou a entrar em confronto com a polícia.

Os sem-teto querem aumentar as áreas onde serão construídas moradias para a população de baixa renda. Eles já conseguiram aumento do número de locais para habitação social, como no caso da invasão Nova Palestina, na zona sul.

O relator do Plano Diretor, vereador Nabil Bonduki (PT), afirma estar analisando centenas de propostas, encaminhadas tanto pela sociedade quanto por vereadores.

Ele disse que a ocupação Copa do Povo, perto do Itaquerão, pode até virar uma área de habitação popular, mas isso está sendo avaliado. "Não vamos tomar nenhuma decisão sob pressão."

No início do mês, a bancada do prefeito Fernando Haddad (PT) entrou em acordo com PSDB, o que garantiu a aprovação do plano em primeira votação.

"Desde o começo optamos por não politizar o tema", afirma o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), presidente da Comissão de Política Urbana.

Em troca do apoio tucano, devem ser incluídas demandas como a retirada da previsão de uma estação de transbordo de lixo na Vila Jaguara, zona oeste. Outro ponto proposto é a criação de cota para idosos e deficientes na habitação de interesse social.

Construtoras criticam limites de adensamento e afirmam que a contrapartida para construir está muito cara. Já a Associação Comercial de São Paulo quer a retirada da chamada cota de solidariedade, que obriga a doação de área para moradia social em grandes empreendimentos.

Demanda de empresários, a construção de um aeroporto privado em Parelheiros, na zona sul, não deve ter apoio.

A Justiça já garantiu decisão da prefeitura que veta o aeroporto. O local teria 800 mil m² em um terreno de 4 milhões de m², pelo projeto da Harpia Logística --que tem como um dos sócios André Skaf, filho do presidente da Fiesp e postulante ao governo do Estado, Paulo Skaf (PMDB).

No plano, deve constar a necessidade de a prefeitura apresentar um planejamento aeroviário dentro de um ano.

Faz parte do texto a previsão para a elaboração de um mapa de ruído. O objetivo é a criação de políticas mais eficientes de combate ao excesso de barulho, demanda de moradores da zona oeste.


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