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Cotidiano

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Georges El Sayegh (1923 - 2014)

Fotógrafo do Pantanal, conheceu João Paulo 2º

FABRÍCIO LOBEL DE SÃO PAULO

Georges El Sayegh era libanês de nascença, mas foi o Pantanal que marcou a sua vida. Ainda na juventude, Georges chegou ao Brasil onde parte de sua família já morava e prosperava no ramo do comércio.

Instalou-se primeiro no Paraná, até mudar para Mato Grosso do Sul. Lá, trabalhou como comerciante, herdando o dom da família.

Até que certo dia, sem ter a técnica ou contatos na profissão, Georges decidiu tornar-se fotógrafo.

O sonho vinha desde a infância, quando o garoto muito atento começou a prestar a atenção nas cores e formas que o encantavam.

Começou fotografando casamentos. Depois trabalhou com fotojornalismo em Campo Grande, o que o fez conhecer as tribos do Alto Xingu. Mas sua principal marca foram as fotografias da maior planície alagada do mundo, o Pantanal.

Georges gostava do pôr do sol pantaneiro e das flores e árvores da região.

Católico ortodoxo, o fotógrafo foi convidado pelo bispo de Campo Grande para representar a comunidade libanesa em um cerimônia de recepção ao papa João Paulo 2º à cidade, em 1991.

Coube a ele levar um cálice ao sumo pontífice durante uma missa na cidade. Na ocasião, o polonês pousou a mão sobre a cabeça do libanês abençoando-o.

A foto do momento foi guardada por Georges em um altar em sua casa.

Georges morreu na quarta-feira, aos 90 anos, vítima de complicações do mal de Alzheimer. Deixa a viúva, quatro filhos e quatro netos.


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