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Droga é maior motivo de prisão na Virada

Governo diz que álcool e iluminação influenciaram crimes; Haddad cita 'questão grave de segurança' na cidade

Foram 58 detidos por entorpecentes e 34 por roubo e furto; dois de quatro feridos receberam alta ontem

DE SÃO PAULO DO "AGORA"

Mesmo com furtos e arrastões, a maioria das detenções na Virada Cultural, ocorrida no sábado (17) e domingo (18), foi motivada por venda e uso de drogas.

Ao todo, foram 108 indiciados, dos quais 42 por tráfico e 16 por porte de entorpecentes. Roubos e furtos responderam por 27 e sete detenções, respectivamente, de acordo com a Polícia Militar.

Houve ainda 20 menores apreendidos. No total, 100 ocorrências foram registradas pela PM.

Nesta segunda-feira (19), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) defenderam o policiamento adotado durante o evento.

O governo estadual, no entanto, apontou bebida e falta de iluminação, de responsabilidade da prefeitura, como estímulos à violência.

"Um evento dessa natureza, muitas vezes em locais com pouca iluminação, em vários pontos é difícil de se conter", disse o Secretário da Segurança Pública do Estado, Fernando Grella.

"Nesta edição a venda de bebidas alcoólicas foi extremamente abusiva", afirmou o comandante-geral da PM, Benedito Meira.

"Isso induz a problemas. Se tiver uma venda organizada de produtos, barracas cadastradas e sob controle da prefeitura, com venda, por exemplo, de cervejas, e não de bebidas destiladas, é uma alternativa", declarou.

No boletim divulgado pela PM, a corporação diz que é necessário "discutir, para as próximas edições, mudanças de formato para aperfeiçoar a segurança e potencializar a tranquilidade das pessoas".

Haddad disse que a polícia agiu corretamente, em uma cidade que vive "uma questão grave" na segurança.

"É importante que a polícia tenha se feito notar e tenha agido para coibir os abusos de uma cidade que sabemos que enfrenta uma questão grave de segurança pública, mas é com mais cultura que nós vamos corrigir esse problema", disse.

No domingo, o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, havia dito que "se você olhar as estatísticas de segurança na cidade, o ano inteiro temos problemas".

Na tarde desta segunda, a Secretaria estadual da Segurança Pública divulgou nota em que afirma que "é absurdo dizer que a quantidade de ocorrências da Virada Cultural reflita o que aconteceria normalmente na região do centro sem o evento".

Segundo a secretaria, foram registrados 71 roubos na Virada, contra 15 no fim de semana anterior no centro.

Na Santa Casa, 80 pessoas foram atendidas durante o evento. Duas foram baleadas e duas, esfaqueadas. Duas receberam alta. As demais estão estáveis.

Quatro comerciantes da rua 25 de Março tiveram lojas saqueadas durante a madrugada da Virada. O comerciante Daniel Leo Ouakil calcula um prejuízo de aproximadamente R$ 150 mil.

O comerciante viu por meio de câmeras de segurança que sua loja foi invadida por volta das 3h. Às 11h, segundo ele, guardas-civis metropolitanos entraram na loja, mas deixaram o local aberto, até a chegada da PM, cinco horas depois. "Após os GCMs irem embora, invadiram minha loja quatro vezes. Estou revoltado." A Guarda Civil Metropolitana não se manifestou.


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