Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Agentes da CET param em SP nesta terça

Por reajuste, eles interromperão o serviço para doar sangue e poderão ir para casa sem desconto de salário

Ato semelhante realizado em 2012 gerou engarrafamento; fiscalização será mais branda, diz sindicato

FELIPE SOUZA DE SÃO PAULO

Agentes de trânsito de São Paulo farão nesta terça (27) uma paralisação parcial por aumento de salário. Desde o início da manhã, interromperão parte do serviço para doar sangue --assim, não têm desconto no vencimento.

Eles estão também orientados pelo sindicato a avisar os motoristas que cometerem infrações antes de multá-los.

Em 2012, um ato semelhante causou engarrafamento acima da média na capital.

Com a paralisação, serviços essenciais de trânsito podem ser prejudicados, como implantação de faixas reversíveis e aplicação de multas.

A principal reivindicação é aumento salarial de 12,3% e revisão do plano de carreira. A inflação acumulada desde o último reajuste, em maio de 2013, foi de 6,3%. O piso é R$ 1.553,51 para 220 horas/mês.

A diretora de comunicação do Sindviários (sindicato dos agentes de trânsito), Marina Retameiro, diz que desde quarta (21) os funcionários estão orientados a "educar" os motoristas em vez de multar.

"Se o agente perceber que o motorista está sem cinto, por exemplo, ele deve orientá-lo e só autuá-lo se ele insistir na infração", afirma.

Na paralisação de 2012, motoristas aproveitaram a ausência de fiscalização para cometer infrações.

O sindicato informou que cada funcionário poderá doar sangue onde preferir. A concentração, porém, será no Hospital das Clínicas.

Após a doação, os agentes podem ir para casa sem ter o período descontado do salário, como previsto em lei.

"Até agora, a prefeitura só ofereceu 5,2% de aumento. Se não tiver acordo, faremos uma paralisação de 24 horas no dia 4 de junho e uma greve geral no dia 9", disse ela.

Em 2012, a maior parte da faixa reversível da Radial Leste, que muda o sentido da via, não foi implantada devido à paralisação, o que aumentou ainda mais o congestionamento no horário de pico.

Pontos importantes da cidade também ficaram sem fiscais durante todo o dia, como as avenidas 9 de Julho, Brasil, Paulista e Rebouças.

Outro ponto afetado pela paralisação pode ser a orientação viária em caso de acidentes ou desvios.

"Se um caminhão quebrar na marginal Tietê e não tiver funcionários, não vai ter guincho para retirá-lo nem pessoas para sinalizar o desvio necessário. Se isso ocorrer em diversos pontos, o trânsito poderá ser comprometido", disse a sindicalista.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) afirmou que fará "um plano de contingência" de acordo com a "dimensão e consequências do evento", caso necessário.

Segundo estimativa dos sindicalistas, em 2012 cerca de 1.500 dos 4.300 funcionários aderiram à paralisação.

De acordo com a companhia, 1.854 são funcionários operacionais --ou seja, atuam nas ruas.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página