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Invadir corredor e faixa de ônibus é a 3ª infração mais comum em SP

Multas de janeiro a abril superam as de estacionamento proibido

ARTUR RODRIGUES DE SÃO PAULO

As multas aos motoristas que invadem o espaço reservado aos ônibus cresceram 119% e já ultrapassam as autuações por estacionamento proibido em São Paulo.

De janeiro a abril, foram registradas 309.753 multas por tráfego em faixas ou corredores exclusivos, uma média de 1,7 flagrante por minuto.

Esse tipo de infração foi a causa de 9,1% das autuações no período. Foi também a terceira irregularidade mais comum, atrás apenas de excesso de velocidade (cerca de 1,1 milhão de casos) e desrespeito ao rodízio (668,7 mil).

Estacionar em local proibido ocupou o quarto lugar, com 299,4 mil flagrantes.

O avanço das punições ocorre em meio à política de expansão das faixas exclusivas pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT).

Inicialmente, a meta era construir 150 km de faixas (reservadas à direita da via para os coletivos) até 2016. Porém, impulsionada pelos protestos de junho passado, a prefeitura já fez 332,5 km.

SÓ NA FAIXA

As autuações subiram junto. De janeiro a abril, foram 216,9 mil multas por trafegar nas faixas à direita, uma alta de 380% em relação ao mesmo período de 2013 --naquele abril, só 40 km de faixas tinham sido implantados.

Já as autuações por invasão de corredores à esquerda --que não tiveram grande expansão nessa gestão-- registraram queda de 3,5%.

A prefeitura afirma que o aumento geral dessas multas reflete a melhoria da fiscalização. Dos 601 radares em funcionamento, 82 estão voltados a coibir a invasão do espaço dos ônibus.

Além dos radares e dos 1.800 agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), 690 funcionários da SPTrans (empresa que gerencia o transporte) passaram a fiscalizar essas infrações.

Quem é flagrado circulando nos trechos com restrição culpa a chamada "indústria da multa" da capital --que arrecadou R$ 766 milhões com autuações no ano passado.

"Colocam o radar a 50 metros de uma entrada. Você tem que entrar na faixa em cima. E se alguém bater na minha traseira?", diz o motorista Adriano Palhão, 46.

A CET afirma que o condutor que se sentir prejudicado pode entrar com recurso.

Para o consultor em transporte Horácio Figueira, a fiscalização mais intensa beneficia o transporte coletivo.

A longo prazo, afirma, as multas do tipo devem diminuir. "No primeiro momento, as pessoas não acreditam que vão ser autuadas e arriscam."


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