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Laudo contradiz versão de acusado sobre morte do zelador

Ao confessar, publicitário disse que vítima bateu a cabeça, mas exame preliminar não acha lesão no crânio

RAFAEL RIBEIRO DO "AGORA"

Um laudo preliminar do IML (Instituto Médico Legal) de Santos (a 72 km de SP) contradiz a versão dada pelo publicitário Eduardo Martins, 47, ao confessar a morte do zelador Jezi Souza, 69.

Exames feitos no crânio não indicaram ferimentos. Em depoimento dado após ser flagrado em Praia Grande (litoral paulista) queimando partes do corpo da vítima, Martins disse que o zelador morreu ao cair e bater a cabeça no batente, durante uma briga no corredor do prédio.

A hipótese em investigação agora é a de que Martins usou fita adesiva para amordaçar Souza, que pode ter morrido por asfixia.

"Acreditamos que ele pode ter sido transportado vivo para o litoral", disse o delegado Ismael Rodrigues. "Nós não identificamos, neste momento, de forma clara, a forma da morte", afirmou.

O material apreendido no apartamento de Martins, como fita adesiva e lacres, reforça a suspeita da polícia.

O zelador desapareceu no dia 30 de maio, no prédio na Casa Verde (zona norte de São Paulo) onde trabalhava e vivia com a mulher e a filha.

A polícia chegou a ir ao apartamento de Martins no dia seguinte, devido aos relatos de desentendimentos entre o morador e o funcionário, mas nada foi encontrado.

Imagens mostraram o publicitário deixando o prédio com uma mala grande.

Martins e a mulher, a advogada Ieda, 42, foram presos na segunda-feira (2), mas a Justiça revogou a prisão dela no dia seguinte. A polícia investiga se ela participou da ocultação do corpo. Ela nega. Seu marido disse que ela não teve participação no crime.

Na próxima semana, um delegado do Rio virá a São Paulo interrogar o casal sobre a morte do ex-marido de Ieda.

O enterro de Souza foi feito nesta sexta (6), no Cemitério da Vila Formosa, na zona leste de São Paulo.

OUTRO LADO

O advogado do casal, Marcello Primo Muccio, disse que se manifestará até a semana que vem para rebater as suspeitas levantadas pela polícia.

"Por enquanto, o que a polícia tem são suposições. Estamos recolhendo tudo, desde documentos até testemunhas", disse.

Ontem, em depoimento, Martins disse que os tranquilizantes encontrados em seu apartamento eram para uso próprio, para aliviar as dores após uma cirurgia no joelho.

O publicitário não respondeu quando foi questionado a respeito das armas, lacres e toucas ninjas apreendidos pela polícia.


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