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Adultos têm abandonado supletivo no início

Aumento de vagas que não exigem ensino médio e a grande presença de jovens afastam mais velhos, dizem analistas

Grupo de 15 a 17 anos é o maior do programa, cujo principal foco é abrigar adultos que não concluíram estudos

DE SÃO PAULO

Os adolescentes de 15 a 17 anos nos anos finais do ensino fundamental se tornaram o maior grupo de alunos entre todas as séries na Educação de Jovens e Adultos (EJA).

No ano passado, eles somavam 466 mil estudantes. Em segundo lugar, vinham os jovens de 20 a 24 anos cursando o ensino médio (442 mil alunos).

Em terceiro, apareciam os adultos com mais de 39 anos no anos iniciais do ensino fundamental (370 mil).

O principal objetivo do ensino acelerado era oferecer oportunidade aos adultos que não conseguiram terminar os estudos e buscavam uma segunda chance.

Mas a EJA tem falhado em manter os adultos até o fim de seu ciclo. O fato foi mencionado pelo Inep, órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), em relatório sobre o Censo Escolar de 2012:

"Os anos iniciais não estão produzindo demanda para os anos finais do ensino fundamental de EJA".

De acordo com o órgão, há evidências de que os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio "estão recebendo alunos do ensino regular por iniciativa do aluno ou da escola".

ADULTOS

A ida de jovens para a EJA é, segundo os analistas, uma das causas do afastamento de adultos.

"Acontece um conflito geracional. Os adultos se sentem inseguros estudando com os jovens", afirma Êda Luiz, diretora do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (Cieja) do Campo Limpo (zona sul de São Paulo).

Segundo ela, outra razão para a desistência dos mais velhos foi o aumento de vagas no setor de serviços que não exigem ensino médio.

DIPLOMA RÁPIDO

Já os mais jovens veem na EJA uma forma mais rápida de se formar e conseguir uma vaga que exija diploma. É o que aconteceu com Bruno Lopes Fortaleza, 18:

"Aqui é mais fácil ser aprovado e é mais rápido. Para mim, foi uma boa solução porque estava atrasado na escola e quero trabalhar".

Bruno diz, no entanto, que, se pudesse voltar atrás teria se dedicado mais à escola para ter uma formação melhor:

"O ensino aqui é mais fraco".


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