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Metrô cobra resposta de consórcio após acidente
Grupo privado diz que fará perícia para apurar motivo da queda de viga
Construção de monotrilhos em SP é alvo de controvérsia entre especialistas em transporte
O Metrô lamentou o acidente na obra do monotrilho da linha 17-ouro e afirmou que exigiu do Consórcio Monotrilho Integração uma rápida apuração do episódio.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) usou seu perfil do Twitter para também cobrar providências do grupo responsável pela obra --formado pelas empresas Andrade Gutierrez, CR Almeida, Scomi Engineering e MPE Montagens e Projetos Especiais.
"Lamento a morte do Juraci Cunha do Santos, ocorrida hoje na queda de uma viga nas obras da linha 17. Toda nossa solidariedade à família", escreveu o tucano.
O consórcio disse que será realizada perícia para apurar o motivo da queda da viga.
"Nesse momento, o consórcio responsável pela obra se solidariza com as famílias e prestará todo o suporte necessário às mesmas", afirma uma nota divulgada pelas empresas responsáveis pela construção do monotrilho.
Os dois operários feridos no acidente são Carlos Vieira de Souza e Manoel Cristiano da Silva. Um dos irmãos do operário morto também trabalhava na obra da linha 17. No entanto, a reportagem foi impedida de falar com ele por funcionários da construtora.
Durante assembleia realizada no início da noite desta segunda (9), metroviários que estavam em greve aproveitaram para fazer um minuto de silêncio pelo rapaz morto e criticaram a gestão Alckmin.
Afirmam haver "péssimas condições de trabalho nas obras" e citam uma paralisação realizada por operários de uma obra de monotrilho.
A construção desse tipo de meio de transporte é controversa entre especialistas. Os críticos questionam seu impacto visual e a capacidade inferior à do metrô. Defensores avaliam ser uma tecnologia mais barata e mais rápida de tirar do papel.
