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Hélcio Pascoal Milito (1931-2014)

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Baterista, participou do início da bossa nova

DE SÃO PAULO

Quando jovem, Hélcio Milito não tinha uma bateria em casa. Para praticar o instrumento, ele alinhava duas ou três poltronas na sala e começava a batucar nelas acompanhando o som dos discos americanos de jazz que comprava.

Milito iniciou a carreira de percussionista e baterista na década de 1950, levando a dedicação de adolescente à vida profissional.

Nascido em São Paulo, mudou para o Rio em 1957. Descrito por amigos cariocas como um "paulistão" exigente e responsável, ele colocava colegas de banda na linha, cobrando-os nos ensaios.

Na capital fluminense, participou do início do movimento da bossa nova. Frequentou reuniões na casa da cantora Nara Leão e tocou com músicos como Roberto Menescal, Stan Getz e João Gilberto.

Milito tinha o ideal de criar um grupo que valorizasse a música instrumental brasileira, com o qual pudesse viajar pelo mundo. O sonho se realizou com o Tamba Trio, banda formada por ele em 1962 com o contrabaixista Otávio Bailly e o pianista Luiz Eça.

O conjunto levava o nome de um instrumento de percussão de sua autoria, a tamba, conjunto de tubos de bambu. Com o grupo, excursionou pelos EUA, onde mais tarde morou. Deixou o trio em 1984.

A paixão de Hélcio pela música inspirou seu irmão dez anos mais novo, o pianista Osmar Milito.

Osmar conta que, quando criança, observava o irmão adolescente ouvir as canções do saxofonista Charlie Parker (1920-1955) e do trompetista Dizzy Gillespie (1917-1933).

Hélcio morreu no sábado (7), no Rio, aos 83 anos. Deixa a mulher e três filhos.


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