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Ilustrada - em cima da hora

Tunga desiste de participar da Bienal de Arte de SP

Segundo curadores, custo e escala inviabilizaram realização de projeto

Conhecido por obras monumentais, artista brasileiro diz que não falaria sobre 'trabalho que não existe'

SILAS MARTÍ DE SÃO PAULO

Um dos maiores nomes escalados para a próxima Bienal de Arte de São Paulo, Tunga desistiu de participar da mostra, que começa em setembro. Segundo o curador britânico Charles Esche, à frente da 31ª edição, não houve acordo com o artista para a realização de seu trabalho.

"Estivemos falando com ele nos últimos dias, mas não conseguimos encontrar um meio em que a obra pudesse ser apresentada", diz Esche. "Respeito o fato de que ele tenha desistido e não queira alterar os seus planos."

Ainda segundo Esche, o projeto de Tunga --uma instalação monumental que exigiria um controle acústico no pavilhão da Bienal-- não poderia ser construído por restrições do orçamento da mostra, que neste ano terá um custo total de R$ 24 milhões.

"Não estamos trabalhando só com artistas que têm seus projetos prontos. Temos de acomodar obras de outros 70 nomes no pavilhão e não haveria espaço para mostrar o trabalho do Tunga na forma que ele gostaria", diz Esche.

Tunga, que já participou de três edições da Bienal de São Paulo, é conhecido por suas esculturas em grandes dimensões. Em abril, quando inaugurou uma exposição em Nova York, o brasileiro disse que sua obra para esta edição da Bienal teria um "lado oracular mais presente" e, apesar do tamanho gigante, manteria uma sensação intimista.

Procurado pela Folha, Tunga disse que não comentaria "uma obra que não existe", ecoando o título desta edição da Bienal, "Como Falar de Coisas que Não Existem". Ele confirmou que não participará, dizendo que se manifestaria depois que fossem publicadas as declarações dos curadores.

"Comento os projetos depois de prontos, prefiro não dar nenhum tipo de informação. Eu fui convidado para a Bienal, mas não chegamos a um acordo", afirmou Tunga.

ARTISTAS

Sem grandes nomes de apelo comercial, esta edição da Bienal será centrada em produções marginais e em artistas do Oriente Médio e da América Latina. Tunga era um dos poucos artistas consagrados que participariam da mostra em São Paulo.

Entre os confirmados, está a israelense Yael Bartana que exibirá um vídeo simulando a destruição de um templo da Igreja Universal do Reino de Deus em São Paulo.

Entre os brasileiros, a fotógrafa gaúcha Romy Pocztaruk mostrará imagens que fez ao longo da rodovia Transamazônica. Seu trabalho irá dialogar com a obra do artista paraense Armando Queiroz, cujo tema discute a identidade amazônica.


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