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Com cheias, Sul tem toque de recolher e vigília contra saque

Principal passarela das Cataratas do Iguaçu está fechada após vazão recorde

Moradores de cidade no PR acampam em frente às casas e estão proibidos de ir às ruas depois das 20h

NATÁLIA CANCIAN DE SÃO PAULO

Com as fortes chuvas que atingem o Sul há uma semana, moradores enfrentam toque de recolher e montam acampamentos contra saques.

Em Foz do Iguaçu, um dos principais destinos turísticos do país, a passarela que dá vista para as cataratas teve de ser interditada em plena Copa.

Só no Paraná, os prejuízos são estimados em R$ 1 bilhão pela Defesa Civil. E a previsão era de mais chuva nesta madrugada (14/6), o que eleva o risco de novas inundações.

Em União da Vitória, um dos municípios que decretaram calamidade pública, moradores acampam em frente às casas de dia como prevenção a eventuais saques e estão proibidos de ir às ruas após as 20h.

A medida vale apenas para as áreas alagadas. E não são poucas: até ontem (13/6), cerca de 40% da zona urbana ainda estava debaixo d'água, segundo a prefeitura.

O decreto do toque de recolher foi assinado pelo prefeito Pedro Ilkiv para evitar roubos e garantir a segurança da população. Nesta semana, um jovem se afogou ao tentar atravessar uma área alagada, conforme a Defesa Civil.

O rio Iguaçu, que corta a cidade e é o maior em extensão do Paraná, demora a baixar. Até o início da noite, estava em 7,94 m --já chegou a 8,1 m.

Segundo o capitão Dorico Borba, da Defesa Civil estadual, a expectativa é que a situação esteja normalizada em 11 dias, se não chover.

"É uma situação atípica pela formação geográfica do município. A água está baixando, mas bem devagar."

Com escolas alagadas, as férias foram antecipadas.

Nas Cataratas do Iguaçu, a principal passarela do parque está interditada, sem previsão de ser liberada. Após atingir sua maior vazão, o nível está oito vezes acima do volume normal, com 12,8 milhões de litros por segundo.

Outras trilhas e o acesso ao mirante estão liberados, diz administradora do local.

Mais de mil quilômetros de rodovias estaduais foram danificados, além de prédios públicos e outras obras.

CIDADES ATINGIDAS

Ao todo, 193 cidades foram atingidas pelas chuvas no Paraná e em Santa Catarina. Treze pessoas morreram.

Ontem, o governo do Paraná reconheceu mais 17 municípios em situação de emergência, totalizando 147. Ao todo, 32.374 pessoas permanecem na casa de parentes e amigos e 4.448 estão em abrigos.

Em Santa Catarina, municípios também tentam reparar os prejuízos das chuvas.

O Estado tem 30 cidades em situação de emergência e duas em calamidade pública: Rio Negrinho e Guaramirim.

Em Canoinhas, a Polícia Militar também intensificou as rondas noturnas nas áreas atingidas pelas cheias.

Segundo o Simepar, no Paraná as pancadas devem atingir as regiões oeste e sudoeste a partir desta madrugada. Em Santa Catarina, a chuva deve ser mais intensa no sul.


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