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Ampliação de rodízio não está definida, diz Haddad

Prefeito afirma que medida é 'controversa'

DE SÃO PAULO DO "AGORA"

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira (16) que a proposta de ampliar a área do rodízio de veículos pode não sair do papel.

O secretário Municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, estimou em janeiro deste ano que uma ampliação da regra poderia ocorrer até abril.

Pelo projeto, a restrição hoje vigente somente no centro expandido da capital paulista seria ampliada para as principais vias que ligam a periferia ao centro da cidade.

"A questão é controversa e está em análise", afirmou Haddad. "Há técnicos que estão colocando objeções, há outros que estão defendendo, mas isso é uma decisão técnica que precisa ser tomada com cautela, é uma coisa que vai impactar muito."

O prefeito afirmou que entre as dúvidas que precisam ser sanadas para a implantação do projeto está saber se a mudança traria somente melhorias de curto prazo.

A ideia de ampliação do rodízio tem como base um estudo da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para aumentar a restrição para cerca de 400 ruas e avenidas de fora do centro expandido. Seriam ao todo 371 km de vias.

Poderiam ser incluídas avenidas como a Aricanduva (zona leste), Eliseu de Almeida (oeste), Inajar de Souza (norte) ou Washington Luís (sul), por exemplo.

O objetivo da ampliação era reduzir a quantidade de veículos nas ruas, inclusive na periferia da cidade, para melhorar o trânsito.

MAIORIA

Segundo Haddad, a ampliação do rodízio de veículos só será adotada "se houver pelo menos uma maioria de técnicos convencidos".

A medida é polêmica entre especialistas em transporte.

"A ampliação do rodízio é uma medida que vai ter que ser enfrentada, mais cedo ou mais tarde", diz Marcos Bicalho, que defende medidas crescentes de restrição ao uso do carro em São Paulo.

Ele afirma que a prefeitura deveria fazer a ampliação em áreas onde forem construídos novos corredores e faixas exclusivas de ônibus --priorizando, assim, a circulação do transporte coletivo.

Horácio Augusto Figueira, mestre em engenharia de transportes pela USP (Universidade de São Paulo), não vê a medida para solução.

Ele diz ser contra a adoção do rodízio de veículos porque a alta da frota nos últimos anos reduziu os efeitos da medida em São Paulo.

Figueira argumenta que os motoristas passaram a comprar um segundo automóvel ou uma motocicleta para driblar a restrição.


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