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Motivo para alta de roubos não está claro, diz secretário

Fernando Grella Vieira diz que fenômeno é nacional, e não só em São Paulo

'Se a gente tivesse clareza de quais são as efetivas causas, seria muito mais fácil', diz titular da Segurança

DE SÃO PAULO

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, disse ontem (25/6) que o governo paulista não consegue explicar quais são, exatamente, as causas do crescimento consecutivo de roubos no Estado.

Ele diz poder afirmar, porém, que elas "são múltiplas" e que esse é um fenômeno que ocorre em todo o país.

"Não [sabemos explicar]. São várias causas. Você pode numa determinada cidade, num determinado contexto, ter múltiplas causas. Se a gente tivesse a clareza de quais são as efetivas causas, seria muito mais fácil", afirmou o secretário na apresentação dos dados da violência.

Ele continuou. "É por isso que estamos investindo em tecnologia, para adotar as polícias de instrumentos mais adequados, para ampliar a investigação e a ostensividade. Isso é essencial", disse.

O secretário respondia a um questionamento da Folha sobre a possibilidade de questões sociais serem a explicação. "Não adianta atribuir o aumento de roubo só às causas sociais. Isso não explica e não justifica. Pode ter relação? Até pode, mas não explica e não justifica."

Em meses anteriores, o Estado justificava ao menos parte do crescimento dos crimes à criação da delegacia eletrônica. Desde o final do ano passado, o site da Segurança permite o registro de roubos. Para o governo, isso diminuiu a subnotificação de casos.

O secretário também elencou como fatores para o aumento da criminalidade no país as legislações brandas, como a possibilidade de progressão de regime de prisão para criminosos perigosos.

Como a Folha revelou nesta semana, de cada dez queixas de roubo em São Paulo, a polícia abre só um inquérito. O índice estimado de esclarecimento dos crimes é de 2%.

Esse quadro não foi citado pelo secretário como um dos fatores de facilitação aos roubos, embora tenha criticado a taxa de esclarecimento.

"Nem eu estou satisfeito nem a Polícia Civil está satisfeita. É por isso que estamos investindo em medidas estruturais. Reforçando os recursos humanos, trazendo nova tecnologia para ter ferramentas que permitam resultados melhores", afirmou.

Para tentar reduzir os índices, Grella Vieira citou a contratação de mais policiais nos próximos meses e a lei de combate a desmanches.

Essa lei, que impõe restrições ao comércio de peças usadas,entra em vigor no próximo mês e, para o governo, vai reduzir roubos e furtos de veículos e até os latrocínios (roubo com morte) --que caíram de 14 para 12 na capital em relação a maio de 2013 e, no Estado, de 35 para 33.


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