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Menino de 3 anos morre durante tiroteio no Rio

Criança dormia em casa quando foi atingida na cabeça por disparo de fuzil

Moradores do morro da Quitanda, onde vítima morava, fizeram protesto; dois carros foram incendiados

DIANA BRITO DO RIO

O menino Luiz Felipe Rangel Bento, 3, morreu depois de ser atingido por um tiro de fuzil na cabeça enquanto dormia dentro de casa, na manhã desta quarta-feira (25), no Rio de Janeiro.

O tiro foi disparado durante confronto entre criminosos e policiais militares do 41º Batalhão de Irajá no morro da Quitanda, em Costa Barros, na zona norte da cidade.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a criança já chegou morta à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da região, por volta das 9h40.

TENSÃO

No fim da manhã de ontem (25/6), moradores do morro da Quitanda organizaram uma manifestação em protesto pela morte da criança.

Os manifestantes interditaram a estrada de Botafogo no trecho em frente à UPA.

A via divide as favelas da Quitanda e da Pedreira, dominadas pela facção criminosa Amigos dos Amigos.

O clima na região era tenso durante todo o dia.

A entrada do morro ficou totalmente bloqueada por uma enorme barricada montada pelo tráfico com carros e pneus queimados e material de construção.

Ao menos dois veículos foram incendiados, e 14 ônibus, depredados. Ninguém ficou ferido nos protestos.

A UPA chegou a fechar as portas. Barreiras feitas com pedaços de paus em chamas, lixo e concreto se espalhavam pelas ruas do entorno, que ficaram desertas.

Até os policiais militares ficaram posicionados numa praça afastada, próxima à linha do trem, onde fica a favela do Chapadão, da facção rival Comando Vermelho.

INVESTIGAÇÃO

Com a ajuda de moradores, membros da Divisão de Homicídios da Polícia Civil conseguiram entrar na favela.

Eles realizaram a perícia no local do crime durante a tarde. A Polícia Militar não pôde voltar ao morro.

Policiais militares do Batalhão de Irajá não souberam informar em quais circunstâncias o menino foi baleado.

A Folha entrou em contato com a PM, que confirmou o caso, mas não tinha detalhes da ocorrência.

A reportagem também tentou contatar a mãe da criança, Jurema Rangel Bento Paes, mas ela estava em estado de choque.

Durante a tarde desta quarta (25), os familiares do menino acompanharam o trabalho da perícia na favela.

Até a conclusão desta edição, não havia informações sobre onde e quando o menino seria enterrado. O corpo dele continuava na Unidade de Pronto Atendimento.


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