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Câmara cogita votar Plano Diretor até de madrugada

Base quer aprovação nesta semana; oposição tenta adiar para segunda

Cerca de 300 sem-teto estão acampados desde terça-feira (24) na porta da Casa para pressionar vereadores

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

A base do prefeito Fernando Haddad (PT) na Câmara Municipal não quer deixar passar desta sexta (27) a votação final do Plano Diretor de São Paulo.

Para tentar aprovar ainda nesta semana o projeto que define as diretrizes urbanísticas para o crescimento da cidade nos próximos 16 anos, os vereadores já marcaram sessão até no início da madrugada de sábado (28).

Eles trabalham sob a pressão de 300 sem-teto que acampam em frente à Câmara Municipal desde terça (24) e dizem que não deixarão o local até o projeto ser aprovado.

Um grupo de parlamentares é contra a ideia de avançar noite adentro na votação. "Isso dá uma imagem ruim. Se não votar até hoje à noite, o mais sensato seria deixar para segunda (30)", afirma José Police Neto (PSD).

Nesta quinta (26), parte dos vereadores correram para incorporar emendas ao texto final. Nenhuma delas, porém, mudava substancialmente as metas gerais do Plano Diretor, como adensar eixos de transporte público e reduzir distâncias entre trabalho e moradia.

PONTOS DE DISCÓRDIA

Uma emenda que ainda causa impasse na Câmara refere-se à criação de um corredor cultural entre a av. Paulista e o centro. Rejeitada em um primeiro debate, vereadores ainda tentavam reinseri-la no texto ontem à noite.

Outro ponto polêmico é o trecho que trata da Copa do Povo --área na zona leste reivindicada pelos sem-teto-- que será votado em separado.

Se a emenda for aprovada, o terreno a 3,5 km do Itaquerão será dedicado à habitação social e atenderá famílias cadastradas pela prefeitura, respeitando a fila para moradia.

Chegou-se a uma conclusão, porém, quanto à emenda do Templo de Salomão, que está sendo construído pela Igreja Universal, no Brás.

O texto atual deixou o quarteirão da obra fora de zonas carimbadas para habitação social, as chamadas Zeis. "Nós fizemos um esforço para não marcarmos áreas que não vão virar habitação social nem no longo prazo", disse o vereador Nabil Bonduki (PT).


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