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Outro lado

Delegado-geral diz que houve mudança em 2013

DE SÃO PAULO

Indicado pelo governo de São Paulo para dar entrevista, Mauricio Blazeck, delegado-geral da Polícia Civil, disse que uma mudança de metodologia no cálculo de esclarecimentos de roubos em 2013 impede a comparação dos dados com anos anteriores.

Blazeck não quis comentar a tendência verificada de 2004 até então, sob a alegação de que não estava no cargo durante todo o período.

Os dados de 2012, também no governo Geraldo Alckmin (PSDB), são semelhantes aos do ano seguinte. Ou seja, a situação de 2013 não interfere nas conclusões gerais.

Procurada novamente pela Folha, a Secretaria da Segurança Pública também não explicou, durante três semanas de questionamentos, as razões para a queda dos esclarecimentos de roubo.

Segundo Blazeck, a partir de abril de 2013 foram desconsiderados os flagrantes da PM, boletins de ocorrência de autoria conhecida (quando a vítima ou testemunha aponta um suspeito sem ter havido apuração policial) e termos circunstanciados (usados em crimes de menor potencial ofensivo, não inclui o roubo) para contabilizar os "casos esclarecidos".

"Se eu colocasse tudo isso no sistema atual, posso dizer tranquilamente que teríamos índices melhores do que esses que estão apontados", diz.

Questionados, ele e a pasta não apresentaram os dados disponíveis pelo critério que considera comparável em relação ao ano passado.

Blazeck, que assumiu a chefia da Polícia Civil no final de 2012, admite que os índices de esclarecimento de roubos não estão no nível desejado e que a polícia precisa ajustar as condições da instituição à demanda da sociedade.

"Temos que capacitar e buscar investimentos para melhorar os resultados."

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que em algumas regiões de São Paulo houve aumento "para além da casa dos 100%" nos esclarecimentos.

Questionada sobre como chegou ao índice, a pasta não respondeu nem especificou a quais regiões se referia.

Em entrevista no final de junho, o secretário Fernando Grella Vieira (Segurança Pública) disse que nem ele nem a instituição estão satisfeitos com os números referentes à investigação dos crimes de roubo no Estado.


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