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Santa Casa acusa governo Alckmin de não repassar verbas federais

"O governo federal me passa 10 e o estadual paga 5; falo porque tenho certeza", diz provedor

Acusação também foi feita pelo Ministério da Saúde; Estado nega e diz que repassou todos os recursos recebidos

THAIS BILENKY NATÁLIA CANCIAN DE SÃO PAULO

O provedor da Santa Casa de São Paulo, Kalil Rocha Abdalla, 72, acusou nesta sexta-feira (25) o governo do Estado de São Paulo de deixar de repassar parte da verba federal destinada à entidade, a exemplo do que fizera na véspera o Ministério da Saúde.

A afirmação, feita em entrevista à Folha, ocorre após a suspensão dos atendimentos de emergência do maior hospital filantrópico do país, que gerou um embate sobre as responsabilidades pela penúria financeira da Santa Casa.

O Estado nega a acusação e diz que o dinheiro chegou integralmente à Santa Casa, incorporado a outros repasses (leia texto ao lado).

"O governo federal manda 10 e o estadual me paga 5. Estou dando um número hipotético, mas um tanto não chega. Tem peneira e eu sei onde, mas não vou falar mais nada. Quero que façam uma auditoria. O problema não é meu, é deles. Estou falando porque tenho certeza", afirmou nesta sexta-feira (25).

Na véspera, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, dissera que R$ 74,7 milhões não foram repassados à Santa Casa entre 2013 e 2014.

O provedor afirmou ainda que cobrou há duas semanas pessoalmente do governador Geraldo Alckmin (PSDB) outros recursos que teriam sido prometidos por ele.

"Fui ao Palácio dos Bandeirantes, entreguei um papelzinho com a letra do [deputado estadual Antonio Salim] Curiati com a lista de coisas atrasadas e o meu telefone. Ele nunca me ligou."

O governo diz que tais promessas não existem.

Na terça-feira, a Santa Casa fechou os portões e suspendeu, sem aviso prévio, o atendimento no pronto-socorro, que atende em média 1.500 pessoas por dia.

FORNECEDORES

Segundo Abdalla, a medida ocorreu devido a uma dívida de R$ 50 milhões com fornecedores, o que levou à falta de materiais e remédios.

O impasse durou 30 horas. O atendimento foi retomado após a Santa Casa fazer um acordo para receber uma ajuda emergencial do governo do Estado de R$ 3 milhões.

O governo condicionou novos repasses à realização de uma auditoria nas contas da instituição.


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