Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Em SP, cota de moradia popular foi flexibilizada
DE SÃO PAULOO novo Plano Diretor de São Paulo determina que os grandes empreendimentos imobiliários da cidade tenham uma "cota de solidariedade", na qual a iniciativa privada é obrigada a dar dinheiro ou terra para moradias populares.
Apesar de ser celebrada por urbanistas e movimentos de moradia como inovação, a ideia foi alterada com a tramitação da lei.
O plano inicial da gestão Fernando Haddad (PT) era que os empreendimentos fossem obrigados a doar 10% de seus terrenos para conjuntos habitacionais. A moradia poderia ser erguida no próprio lote ou em terreno próximo, o que garantiria que pessoas de baixa renda morassem em áreas valorizadas.
Na Câmara, o vereador Nabil Bonduki (PT), relator do plano, alterou a cota ao revisar o texto do Executivo. Na versão substitutiva, os terrenos a serem doados deveriam ficar na mesma macroárea --grande divisão territorial.
A cota passou a ser obrigatória para projetos com mais de 20 mil metros quadrados de área construída.
O mercado imobiliário foi contra, por sustentar que a exigência poderia inviabilizar projetos.
Após pressão, a lei autorizou que a cota seja cumprida com dinheiro --10% do valor do terreno a ser depositado em um fundo.