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Iniciativa pode elevar interesse de alunos pela área, diz médico

Hoje, menos de 10% das vagas de residência médica são de medicina de família --e só 30% estão ocupadas

Adesão de mais planos de saúde será inevitável a longo prazo, afirma presidente de entidade que reúne operadoras

CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO

Um maior investimento do setor suplementar em medicina de família poderá despertar maior interesse dos médicos na especialidade.

Hoje, menos de 10% das vagas de residência médica estão alocadas para essa área da medicina. E dessas, só 30% estão ocupadas.

A avaliação é do médico Daniel Knupp, um dos diretores da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, que tem hoje 5.000 sócios pelo país, a grande maioria trabalhando na rede pública de saúde.

"Em países como Inglaterra, Holanda e Canadá, 40% do total de vagas são para a medicina de família", diz.

PERDIDOS NO SISTEMA

Segundo ele, embora o atrativo aos planos seja a redução de custos que o investimento em atenção básica traz, a iniciativa será "ótima" para o paciente. "Ele deixará de ficar perdido no sistema, sem ninguém que o conheça."

Para Knupp, com o aumento de custos dos procedimentos e a exigência de maiores coberturas, os planos passaram a se preocupar com a real efetividade dos serviços que prestam aos clientes.

"Não há viabilidade econômica para o modelo de saúde vigente hoje, centrado no alto uso de tecnologias. Grande parte desses artefatos não mudam os indicadores de saúde, pelo contrário, provocam danos aos pacientes", afirma José Augusto Ferreira, diretor de provimento de saúde da Unimed de Belo Horizonte.

Dois públicos têm aderido mais ao plano piloto da empresa que oferece o serviço de médico de família, de acordo com ele: o empresarial e o que conhece o conceito.

OPÇÃO ATRATIVA

Para Denise Eloi, da Unidas, além de disseminar o conceito de que a medicina de família é mais efetiva, as operadoras de planos de saúde deveriam oferecer vantagens aos clientes, como redução do preço, para tornar a opção mais atrativa.

Para Arlindo de Almeida, presidente da Abrange (Associação Brasileira de Medicina de Grupo, que representa as operadoras de planos de saúde), falta ousadia aos planos para a ampliação do modelo no setor privado.

Mas ele acredita que a adesão de mais empresas será inevitável a longo prazo.

"Muitas adotam programas de gerenciamento de doentes crônicos para prevenir complicações. Já perceberam que é uma estupidez deixar esses casos soltos."


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