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Mais 2 funcionários da Cohab indicados pelo PP são demitidos

Agora são 3 os desligados após Folha apontar irregularidades; funcionários não foram localizados

Outros 4, flagrados atuando para o partido durante o expediente, foram afastados, sem salário, para apuração

ARTUR RODRIGUES LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO

Mais dois funcionários comissionados da Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação) foram demitidos e outros quatro foram afastados de seus cargos nesta segunda (28). Um servidor já havia sido demitido na sexta (25).

No domingo (27), a Folha revelou que um grupo de funcionários deixava de trabalhar na empresa para fazer tarefas do Partido Progressista, do deputado federal Paulo Maluf.

Maluf controla a área da habitação desde o início da gestão Fernando Haddad (PT). A Cohab é o órgão municipal responsável por construir moradias populares.

Braço direito de Maluf, o secretário-geral do PP, Jesse Ribeiro, tem cargo no conselho da Cohab e fez várias indicações a cargos de confiança.

Entre elas estão seu filho, Carlos Eduardo Sanches Ribeiro, o cunhado Luiz Carlos Emídio e o genro Marcus de Oliveira Martins.

Emídio e Martins são os dois demitidos nesta segunda. A reportagem havia questionado a companhia se não se tratava de nepotismo, prática vetada no funcionalismo público.

Após análise, a companhia concluiu que sim.

Segundo a Cohab, o caso de Carlos Eduardo, o filho de Jesse, está em análise quanto à prática de nepotismo.

Por ora, ele é um dos quatro afastados, informou a empresa. Os outros são Marco Polo Calandriello, Igor Willenshofer e Claudio Freitas.

Esses quatro servidores foram flagrados pela Folha realizando atividades do PP em horário em que deveriam trabalhar na companhia.

"Eles estão afastados por 30 dias enquanto é feita uma apuração e, nesse período, ficarão sem receber salário", disse o presidente da Cohab, João Abukater Neto.

O dirigente afirmou que a investigação interna checará, entre outros pontos, os registros das catracas eletrônicas do edifício Martinelli, sede da Cohab.

Bruno Pires dos Anjos e Ivaldo Silva, também flagrados no partido durante o expediente, foram advertidos.

"Eles trabalham com movimentos sociais e não têm ponto regular. Agora, terão de apresentar programação mensal de atividades, o que não vinha sendo feito", disse Abukater Neto.

Outro servidor, Fernando Martins Pizo, já havia sido demitido na sexta (25), após questionamentos da reportagem sobre suas ausências.

Ele é tesoureiro do PP e tinha cargo de confiança na companhia pública.

Abukater Neto afirmou ainda que orientará os funcionários a seguir normas que impeçam o trabalho em campanhas eleitorais durante o horário do expediente. As regras são baseadas em normas do governo federal.

OUTRO LADO

Na sexta, Igor Willenshofer negou ter atuado no partido no horário de expediente. No mesmo dia, Marco Polo Calandrielo afirmou ir à Cohab todos os dias.

Carlos Eduardo Ribeiro, Fernando Pizo e Bruno Pires não retornaram às ligações da reportagem. Ivaldo Silva não quis se manifestar.

Marcus Martins, Luiz Carlos Emídio e Cláudio Freitas não foram localizados pela reportagem.


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