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Luiz Muryllo Mantovani (1937-2014)

Sem OAB, defendeu professores

DHIEGO MAIA DE SÃO PAULO

Luiz Mantovani era biólogo de formação, mas foi exercendo a carreira de "advogado sem OAB" --como gostava de ser chamado-- que ficou mais conhecido.

Autodidata, tornou-se um exímio estudioso da legislação trabalhista, o que lhe rendeu a alcunha de "defensor dos direitos dos professores" de São Paulo pela atuação por três décadas à frente do Sinpro (sindicato da categoria).

Perfeccionista, revisava as ações trabalhistas feitas pelos advogados do sindicato.

E sempre tinha razão na correção dos erros apontados, conta o amigo Adailton.

No período em que lecionou nos colégios São Luís e Santo Américo ficou conhecido pelo rigor. Só iniciava cada aula sob um silêncio absoluto. Também não permitia alunos com boné.

Conheceu Tunica, apelido que deu à mulher com a qual permaneceu casado por 38 anos, em um baile para idosos em São Caetano do Sul.

Dentro de casa pavimentou a mesma seriedade que exerceu na vida profissional. O filho Iberê lembra que só conseguiu frequentar a primeira balada aos 18 anos.

Para Mantovani, o mais importante era construir uma vida digna pela educação.

Nas horas vagas fugia para o refúgio da família: um sítio erguido em Ribeirão Pires (Grande São Paulo). Lá, plantou 400 orquídeas, sua planta preferida.

Antes de morrer pediu para ser cremado e que as cinzas fossem jogadas junto às de seu cachorro, Lobo.

O "advogado sem OAB" morreu na segunda (4), aos 76, após um câncer de pulmão. Além da mulher, deixa três filhos e dois netos.


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