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Ato de estudantes e servidores fecha a USP por até 9 horas
Protesto afetou aulas e atividades; portão principal do campus da zona oeste foi bloqueado das 5h às 10h30
Servidores reivindicam pagamento dos valores descontados pelos dias de paralisação; greve começou em 27 de maio
Um protesto de alunos e funcionários da USP bloqueou a principal entrada da universidade nesta quinta-feira (7) por mais de cinco horas e impediu os acessos por outros portões por até nove horas.
O ato que comprometeu aulas e atividades durante a manhã no campus da zona oeste de São Paulo foi definido pelos manifestantes como a principal manifestação em 73 dias de greve.
A passagem foi bloqueada para pedestres e veículos a partir das 5h. Na entrada principal da universidade, foi liberada às 10h30. Nos outros dois portões do campus, somente no começo da tarde.
O único acesso que continuou desimpedido é uma ligação do Hospital Universitário à favela São Remo.
Para entrar no campus, algumas pessoas chegaram a pular os portões.
Segundo a Guarda Universitária, no começo da manhã eram cerca de 200 os manifestantes, entre funcionários e alunos, que carregavam faixas e tocavam tambores.
Os manifestantes seguiram em passeata da entrada principal aos outros dois portões.
Depois, foram para a reitoria, onde cerca de mil pessoas, segundo o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), participaram de ato para reivindicar o pagamento dos valores descontados dos salários de servidores em greve.
MOTIVOS
Professores e funcionários das três universidades estaduais (USP, Unicamp e Unesp) entraram em greve no dia 27 de maio --os docentes da Unicamp suspenderam a paralisação no dia 31.
Eles protestam contra a decisão dos reitores de não reajustar os salários, o que costuma acontecer em maio. Em 2013 o reajuste foi de 5,39%. Neste ano, a reivindicação é de 9,78%.
O conselho de reitores afirma que os orçamentos já estão comprometidos acima do recomendado com as folhas de pagamento. Na USP, por exemplo, os salários já ultrapassam 100% da verba da universidade, segundo a reitoria.
Na segunda (4), os funcionários constataram que foram descontados os dias em que estiveram parados entre 21 de junho e 20 de julho.
O campus da universidade em São Carlos (a 232 km de São Paulo) também teve a entrada bloqueada em protesto.