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Para aluna, humor que oprime não merece riso

Professores querem ter direito de ofender, diz

THAIS BILENKY DE SÃO PAULO

A estudante Clara, 18, fez Intergraus em 2013 e hoje cursa arquitetura na USP.

Para ela, "o humor que oprime alguém para ser engraçado não merece a risada de quem assiste à aula".

"Não digo que não se deve fazer piadas. Mas que estas sejam inteligentes o suficiente para tirar sarro do opressor, e não do oprimido", afirma a estudante.

"As brincadeiras chegam ao extremo de dizer que as índias brasileiras se encantaram com a pele clara dos portugueses, não que foram estupradas. Ou que no Brasil o gado é criado extensivamente, mas a preferência nacional é pela vaca malhada."

Ana Luiza Cunha, 25, está no terceiro ano de medicina na USP e aderiu ao Coletivo Feminista Geni na faculdade depois de suas passagens pelo Intergraus, em 2007 e 2011.

"Os professores fazem piada com o aluno que se sente ofendido. É a patrulha do politicamente incorreto, tipo: Estão oprimindo o meu direito de ofender'", afirma.

O grupo feminista foi criado como "resposta à violência que ocorre nos ambientes universitários", segundo informa a página no Facebook.

Ana Luiza afirma se considerar politicamente correta.

"Sou dessas pessoas que não veem graça em piada de estupro, racismo. Sou chamada de chata", conta a estudante.


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