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Celso Boccalini (1923-2014)

Nada tirava o procurador do sério

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

No trabalho ou em casa, Celso Boccalini resolvia tranquilamente toda e qualquer situação. Nada era capaz de abalar a calma do paulista de Mococa, criado na fazenda e apreciador da natureza.

Podia ficar horas admirando as aves da chácara ou as que cortavam o céu, caso dos tucanos. Não à toa chamava de "recanto dos pássaros" o lugar comprado há umas duas décadas em sua terra natal para passar a aposentadoria.

Formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, teve de se virar para poder estudar. Trabalhou em feiras livres, oferecendo frios, azeitonas e doces sírios, o chamariz da barraca, além de vender estatuetas de gesso e dar aulas particulares.

Após a formatura, voltou para Mococa decidido a se casar com Nedy, uma ex-colega de escola, caso ela ainda estivesse solteira. Com a ajuda de um amigo, marcou um encontro com a moça, que pretendia ir para o convento.

Casados, mudaram-se então para São Paulo, onde Celso atuou como procurador do Estado até a aposentadoria compulsória, aos 70 anos.

Em 2001, ao completar 50 anos de profissão, recebeu uma láurea de reconhecimento da Ordem dos Advogados do Brasil por seu trabalho.

Era frequentador assíduo da paróquia do bairro Jardim da Saúde, onde se estabeleceu, na zona sul. Lá, formou um time de futebol com os garotos vizinhos. Treinava-os aos sábados, sem deixar de dar orientações profissionais.

Morreu na quinta-feira (7), aos 91, de infarto. Deixa Nedy, após 57 anos de casamento, os filhos, Ana, Claudia, Carmen e Paulo, e seis netos.


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