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SP utiliza outra represa e libera mais água para Rio

Companhia paulista aumentou vazão após críticas de que haveria colapso

Reduzido na represa Jaguari, volume de água foi compensado na região de Paraibuna, que acaba no mesmo rio

ARTUR RODRIGUES HELOISA BRENHA DE SÃO PAULO

Após restringir a liberação de água e gerar uma crise com órgãos federais e fluminenses, a companhia energética do governo paulista utilizou outra represa para compensar nesta semana a vazão do rio Paraíba do Sul, que abastece 15 milhões de pessoas, sendo 10 milhões no Rio.

Na prática, a quantidade de água liberada ao Paraíba do Sul permaneceu reduzida por no máximo quatro dias.

Sem alarde, voltou ao patamar anterior desde domingo (10), após a Cesp (Companhia Energética de São Paulo), ligada à gestão Geraldo Alckmin (PSDB), ter sofrido críticas de que poderia provocar "colapso" no abastecimento de Rio e Vale do Paraíba, no interior paulista, e ter sido ameaçada de punição.

A liberação de água ao Paraíba do Sul ocorre pelas represas Jaguari e Paraibuna.

A Cesp reduziu de 30 m³/s para 10 m³/s a vazão na bacia por meio da Jaguari --motivando queixa do ONS (Operador Nacional do Sistema), regulador do setor elétrico.

Boletins oficiais da ANA (Agência Nacional de Águas) mostram que, desde domingo (10), dias depois do começo da crise, a diferença de 20 m³/s passou a ser compensada pela liberação de água na represa Paraibuna, que deságua no rio Paraíba do Sul. De 61 m³/s, a vazão nesse ponto aumentou para 80 m³/s.

Na prática, a mesma quantidade de água está sendo enviada à bacia --um total de 90 m³/s--, atenuando as interferências no abastecimento de água do Rio.

ENERGIA

Órgãos estaduais e federais, porém, não responderam sobre os impactos dessa compensação na produção de energia, um dos principais motivos de queixa do ONS.

Desde a semana passada, órgãos ligados à gestão Alckmin têm evitado manifestações que alimentem a polêmica. O governador tem se limitado a dizer que a prioridade da água é para consumo humano, e não para energia.

Ontem (14/8), a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado, ligada à Cesp, confirmou a compensação da vazão de Jaguari, mas não explicou os motivos nem a razão para isso não ter sido divulgado até agora.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) chegou a notificar a Cesp, na terça (12), para que aumentasse a vazão da represa Jaguari, sob ameaça de receber sanções --que poderiam ir de advertência à multa de até 2% do faturamento anual da companhia.

A assessoria de imprensa da Aneel afirmou não ter conhecimento sobre as modificações nas vazões das represas da Cesp.


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