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Foco

Desalojadas pela cheia em MS, onças surgem em áreas urbanas

PAULA SPERB COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Expulsas pela cheia do rio Paraguai, onças-pintadas estão sendo vistas nas ruas de Corumbá e Ladário, no extremo oeste de Mato Grosso do Sul, desde o fim de maio.

As aparições nas cidades à margem do rio, no baixo Pantanal, intensificaram-se neste mês. Em média, o Comitê de Contenção de Animais Silvestres de Corumbá (a 353 km de Campo Grande) tem recebido três ligações diárias sobre onças em áreas urbanas.

"Suspeitamos que sejam de cinco a sete onças circulando entre as cidades", diz o major Fábio Catarineli, presidente do comitê. Imagens captadas por uma armadilha fotográfica serão usadas para investigar se a mesma onça surge em locais diferentes.

Os animais aparecem mais à noite, mas, na última semana, ao menos duas pessoas viram onças durante o dia.

Gabriela Gonçalves Vieira, 28, funcionária de um hotel à beira do rio Paraguai, avistou uma delas na tarde do dia 14, num terreno perto do hotel. "Ela estava caminhando, bem tranquila", disse.

Os bombeiros chegaram 15 minutos depois e montaram uma espécie de jaula com isca. Há três instaladas na região, mas, neste mês, nenhuma onça foi pega. Quando isso ocorre, ela é solta em áreas afastadas e não inundadas.

No domingo (17), a empresária Samah Ziad, 31, avistou uma onça nadando no rio durante um passeio de barco.

"Elas aguentam nadar por quilômetros", confirma o biólogo Leandro Silveira, presidente do Instituto Onça-Pintada. Apesar disso, são animais terrestres, e é por isso que fogem da área inundada, segundo Walfrido Moraes Tomas, da Embrapa Pantanal.

"Elas atravessam o rio em busca de refúgio, em especial em época de nascimento de filhotes", diz Tomas.

Não há até o momento registro de pessoas atacadas por onça nessas regiões.


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