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'Arma' contra motociclista, radar portátil é aposentado

Contrato de equipamentos alugados venceu e não foi renovado pela CET

Mais modernos, novos dispositivos que estão sendo instalados são capazes de fiscalizar motos, diz companhia

ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

Adotado como a principal arma para flagrar motoqueiros que abusavam da velocidade em São Paulo nos últimos anos, os radares-pistola foram aposentados.

O contrato de aluguel dos seis equipamentos venceu na segunda (18) e não foi renovado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

Segundo a empresa, o motivo é que os novos radares que estão sendo instalados na cidade têm tecnologia mais avançada e são capazes de fiscalizar motociclistas.

"Alguns equipamentos, especialmente aqueles que serão instalados em viadutos, pontes ou pórticos, serão utilizados para fiscalização de velocidade, inclusive de motocicletas", diz a CET.

Os novos radares fazem parte de licitação que vai aumentar em 40% o número de aparelhos nas ruas até o ano que vem. Até agora, 132 dos 843 aparelhos previstos foram instalados, sendo que 24 conseguem fiscalizar motos.

Além deles, outros 151 radares antigos também conseguem, em tese, fiscalizar.

Muitas motos escapam dos radares convencionais por circularem entre as faixas de rolamento (e não no meio delas), pelo tamanho reduzido da placa e por não terem identificação dianteira (boa parte dos flagrantes ocorre pela frente).

O radar-pistola funciona com um laser que mede a velocidade do veículo e dispara uma câmera que fotografa a placa do apressadinho.

Ele começou a ser alugado em 2011, para substituir antigos radares móveis. Com o aumento das mortes de motociclistas, a prioridade passou a ser o combate à impunidade.

Os seis radares eram revezados para fiscalizar 65 pontos perigosos. Foram responsáveis por 46,6 mil multas por excesso de velocidade de março de 2012 a junho de 2014 --79 por dia útil. Mas menos de 1% do total desta infração.

Motociclistas chegaram a ser fotografados a mais de 100 km/h em vias como a av. Salim Farah Maluf (zona leste), onde a máxima é 60 km/h.

As mortes caíram 8% de 2012 para 2013, apesar de ainda representarem o dobro em relação ao número de vítimas de automóveis (403, ante 200).

Mas os marronzinhos sempre fizeram queixas sobre os radares-pistola por problemas técnicos e a dificuldade de carregar seu 1,5 kg.

Também reclamavam à diretoria da CET que eram frequentes casos de agressões e ameaças nas ruas por causa do uso do aparelho.

Neste ano, a CET decidiu testar os equipamentos para flagrar todos os tipos de veículo na av. Paulista, que teve a velocidade máxima reduzida, mas não tem radares devido a restrições de tombamento. Os testes naufragaram, o que reforçou a decisão de aposentar os modelos, alugados por R$ 225 mil/ano.


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