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12% dos presos de São Paulo sofrem transtorno, afirma pesquisa

DE SÃO PAULO

Pesquisa divulgada por um grupo de psiquiatras brasileiros aponta que 12% da população carcerária de São Paulo sofre de transtornos psiquiátricos moderados ou graves e precisaria estar sob tratamento especializado.

Isso representa cerca de 24 mil detentos, entre homens e mulheres, das cerca de 200 mil pessoas encarceradas atualmente em penitenciárias ou centros de detenção provisória no Estado.

Esse número não inclui os presos internados por medidas de segurança em hospitais especializados.

O presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, que ajuda na divulgação da pesquisa, disse acreditar que esse percentual seja semelhante no total da população carcerária brasileira.

"[Esses presos] deveriam estar em hospitais específicos. Não em cadeias", opina.

"Um doente metal coloca em risco a vida dele e a dos outros. Mas o doente mental só é perigoso quando não tem tratamento adequado, porque não tem noção do que está fazendo", afirmou ele.

Na pesquisa, foram entrevistados 1.192 homens e 617 mulheres nas penitenciárias e centros de detenção provisória do Estado.

Silva disse desconhecer detalhes de como Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, assassino confesso do cartunista Glauco, voltou às ruas, mas defende que liberações só devam ocorrer após uma rigorosa análise de psiquiatra forense para saber se o grau periculosidade foi controlado. "Se não for cessado esse perigo, a pessoa vai voltar a cometer crimes", disse.

Procurada no início da noite, a Secretaria estadual de Administração Penitenciária disse que precisaria de mais tempo e de ter acesso à pesquisa para comentar as suas conclusões.


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