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Para funcionários, plano vai de interessante a ilusório

RICARDO GALLO CÉSAR ROSATI DE SÃO PAULO

Interessante, ilusório, bom dinheiro ou ineficaz? Para funcionários da USP ouvidos pela Folha, o plano de demissões voluntárias ainda precisa ser compreendido.

Lenilda Valença, 57, diz que se enquadra exatamente na proposta. Assistente administrativa do Hospital Universitário, ela tem 26 anos de USP (são exigidos 20 anos pelo menos) e mais de 55 anos.

Aposentada desde 2005 e ainda trabalhando, viu uma boa perspectiva. "É interessante, principalmente pelo dinheiro. Já estou aposentada mesmo e uma hora eu teria que parar. Mas ainda preciso saber quais serão as regras, o que ainda não está claro."

Também do hospital, Elis Torres, 44, tem 25 anos de USP. Acha o PDV atraente, mas, tal qual Lenilda, aguarda as normas. "É interessante para quem está aposentado ou perto de se aposentar. Fora do PDV, quando o funcionário vai ter uma possibilidade desta, de sair com um bom dinheiro?"

Esse "bom dinheiro" pode ser uma ilusão, diz o técnico de laboratório Paulo César Fernandes, 55, que nem pensa em analisar o plano.

"A quantidade geralmente enche os olhos do trabalhador, mas esse dinheiro um dia acaba. Se até o dinheiro do jogador de futebol, que ganha milhões, um dia acaba. Imagina essa", afirma.

"Sou contra, pois não adianta nada. Já não tem funcionários na USP e já trabalhamos no limite. Como a instituição vai fazer para funcionar e dar um serviço de qualidade com menos funcionários e com trabalhadores menos experientes? Não tem como", disse o servidor, há 36 anos na USP.

Otacílio Tomaz, 55, diz ser contrário à proposta, mas não se importa em avaliá-la. Com 25 anos de universidade, o engenheiro eletricista acredita que há outras formas de contornar a crise.

"Estou avaliando. Depende do dinheiro, o valor tem que ser suficiente para abrir um comércio pelo menos", disse. "Apesar de estar perto de me aposentar, ainda tenho condições de servir a universidade por mais dez anos. Gosto do que eu faço."


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