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Ex-colega de classe ajudou a prender Cadu

Assassino confesso do cartunista Glauco foi visto correndo por um policial com quem havia estudado em 2005

Eles se reconheceram quando chegaram à delegacia; 'era um rapaz tranquilo', lembra o soldado da PM

PAULA SPERB COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ao ser preso na última segunda-feira (1º), em Goiânia, Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, reencontrou um ex-colega da faculdade de direito --o policial militar Wilson Lins de Ávila Júnior, 28.

Ávila Júnior ajudou a prender Cadu, assassino confesso do cartunista Glauco Vilas Boas e do filho dele, em 2010.

Cadu dirigia um carro roubado que foi reconhecido pelo delegado Thiago Damasceno Ribeiro. Após ser abordado, ele acelerou, bateu o veículo logo depois e fugiu a pé.

Durante uma patrulha, o soldado Ávila viu de longe um rapaz correndo.

"Paramos o carro. Quando o Cadu nos viu, jogou o revólver por cima do muro de uma oficina mecânica. Mandamos ele deitar no chão com as mãos nas costas e o algemamos. Ele estava sangrando."

Só depois de algemá-lo os dois PMs souberam que o jovem estava envolvido no flagrante do delegado, ocorrido a cerca de sete quadras dali. "Colocamos o Cadu na viatura e fomos até o local."

Lá, o delegado o reconheceu, e os PMs levaram Cadu à delegacia. "No caminho, ele falou que estava armado, mas que a arma não era dele. Ele se contradizia, não falava coisa com coisa", diz o soldado.

"Perguntei se tinha usado drogas e ele respondeu que tinha consumido cocaína refinada naquela manhã. Quando chegamos à delegacia, sem a correria de entrar no porta-malas, sair do porta-malas, ele me reconheceu."

Foi então que o soldado Ávila lembrou do rosto de Cadu, de quem foi colega no curso de direito na PUC de Goiás, no segundo semestre de 2005. "Éramos calouros. Naquela época, ele usava o cabelo bem comprido e crespo, agora está rapado", descreve.

Segundo ele, na faculdade Cadu interagia com todos e conversava normalmente. "Era um rapaz tranquilo", diz.

A turma se formou em julho de 2010, meses depois de Cadu matar Glauco e Raoni, filho do cartunista.

"Ninguém imaginava. A gente fica chateado. Ele preferiu o lado errado da vida, infelizmente", diz.

Cadu é suspeito de praticar um latrocínio (roubo seguido de morte) e uma tentativa de roubo em agosto. No dia 28, o agente penitenciário Marcos Vinícius Lemes da Abadia foi baleado na cabeça. Está internado em estado grave. A outra vítima, Matheus de Morais, 21, não resistiu.

Cadu foi considerado inimputável pelos crimes de 2010, devido à esquizofrenia, e recebia tratamento em liberdade desde agosto de 2013.


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