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Universidades em crise

Alckmin recusa proposta da USP de assumir hospital universitário

Transferência foi proposta pelo reitor para reduzir os custos da universidade, que enfrenta crise

Avaliação no governo é que a mudança traria mais custos do que benefícios; reitoria não se pronunciou

THAIS BILENKY GUSTAVO URIBE NATÁLIA CANCIAN DE SÃO PAULO

O governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição, afirmou nesta quinta-feira (11) que o Estado não assumirá a gestão do HU (Hospital Universitário) nem a do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (Centrinho), em Bauru --ambos da USP.

As transferências foram propostas pelo reitor Marco Antonio Zago como resposta a uma das mais graves crises financeiras da universidade, que tem 106% do orçamento comprometido com pagamento de pessoal.

Segundo a Folha apurou, a avaliação predominante na cúpula do governo foi a de que uma eventual transferência traria mais custos do que benefícios ao Estado.

Levantamento preliminar mostrava que seria necessário investir R$ 170 milhões no HU. Além disso, a transferência traria instabilidade aos servidores, pois o regime de contratação da USP é diferente do empregado pelo Estado.

A reitoria da USP não se manifestou sobre a decisão.

Em agosto, o Conselho Universitário da USP chegou a aprovar a entrega ao Estado do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (Centrinho), em Bauru.

Somados, os hospitais representaram 7,7% do que foi gasto pela USP no ano passado --quase R$ 400 milhões.

"Nós [o governo] podemos ajudar o Hospital Universitário da USP, mas não passar [sua gestão] para o Estado", afirmou Alckmin.

COMPROMETIDO

Na tarde desta quinta, o governador se reuniu com médicos, alguns dos quais do HU. De manhã, visitou as instalações de um futuro hospital especializado em traumas em Alto de Pinheiros (zona oeste de São Paulo).

Vestindo camisetas e erguendo cartazes com mensagens contrárias à desvinculação do HU, 15 funcionários do hospital pediram ao governador que se comprometesse com a manutenção da gestão pela USP. "Está comprometido", respondeu o tucano.

O hospital atende boa parte dos moradores da região da Cidade Universitária, no Butantã (zona oeste).

O secretário de Estado da Saúde, David Uip, que acompanhava o governador, reforçou a posição. "Tem alguém que quer vender, mas o outro não quer comprar. Não tem discussão. A decisão nasce morta", disse.

Segundo Alckmin, está em curso programa estadual de recuperação de hospitais universitários de R$ 570 milhões.

HOSPITAL DE TRAUMA

O futuro hospital de trauma em Alto de Pinheiros receberá do governo estadual R$ 37,2 milhões apenas para a desapropriação do terreno do antigo hospital privado Panamericano.

As obras devem ser iniciadas no primeiro semestre do próximo ano.

A unidade funcionará com o Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.


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