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Secretário cai após fuga de 13 presos em Pedrinhas

Detentos escaparam pela 2ª vez em uma semana

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Após nova fuga de presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, nesta quarta (17), o secretário de Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão, Sebastião Uchôa, deixou o cargo.

Foi a segunda fuga no presídio em uma semana, expondo a crise no sistema penitenciário do Estado. Na última quarta-feira (10), 36 presos escaparam. Ontem (17/9), 13 detentos saíram por um túnel durante a madrugada.

Em nota, o governo afirmou que Uchôa, na pasta há um ano e seis meses, pediu demissão e será substituído interinamente por Marcos Affonso Junior, que era secretário da Segurança Pública do Estado.

A secretaria informou, em nota, que iniciou a transferência de presos para um novo presídio na zona rural, sem detalhar números.

A fuga coincidiu com paralisação de 24 horas dos agentes penitenciários, por melhores condições de trabalho. Segundo Cézar Castro Lopes, vice-presidente do sindicato desses servidores, cerca de 70% dos 240 agentes do complexo não foram trabalhar.

Pela manhã, o clima era de tensão. Detentos tentaram fugir pela porta da frente. Outros foram flagrados por câmeras da TV Mirante, afiliada da Globo, tentando escapar pelo telhado. Policiais militares e um helicóptero foram enviados para reforçar a segurança.

Neste mês, os casos de violência se intensificaram. Na segunda (15), o diretor da Casa de Detenção, um dos oito presídios do complexo, foi preso acusado de facilitar a fuga de sete detentos. No sábado (13), Pedrinhas teve a 16ª morte no ano. Em 2013, foram 60.

No dia 10, um caminhoneiro foi forçado por bandidos a atingir, com o veículo, o muro do complexo. Houve tiroteio e 36 presos escaparam pelo buraco aberto. No dia 4, um agente terceirizado foi baleado, e um preso morreu.

O Conselho Nacional de Justiça afirmou que o complexo não tem condições de manter a integridade física dos presos. A crise foi explorada pela campanha ao governo. Flávio Dino (PCdoB), líder nas pesquisas, disse que o Maranhão está "sem comando".


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