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Inacabado, Clube Tietê reabrirá em SP

Ainda em obras, agremiação centenária vai receber atividades da Virada Esportiva no sábado (20) e domingo (21)

Piscinas olímpicas foram desativadas e deram lugar a grama sintética; para Haddad, eram 'irrecuperáveis'

HELOISA BRENHA DE SÃO PAULO

Após um ano de abandono e nove meses de reforma, o antigo Clube de Regatas Tietê será reaberto pela prefeitura, ainda em obras, durante a 8ª Virada Esportiva de São Paulo, neste fim de semana.

No sábado (20) e no domingo (21), parte das instalações receberá atividades gratuitas do evento, como corrida com obstáculos e partidas de tênis noturnas.

Com isso, o centenário clube --que já foi uma agremiação de elite e revelou atletas como a nadadora olímpica Maria Lenk (1915-2007) e a tenista tricampeã em Wimbledon Maria Esther Bueno-- torna-se um centro esportivo da cidade, aberto ao público.

Segundo o prefeito Fernando Haddad (PT), ainda "não é uma inauguração propriamente dita". Ele diz que as 12 quadras e os cinco ginásios estarão prontos até sábado, mas ainda serão entregues um espaço para shows (previsto para outubro) e uma pista de skate (prevista para 2015).

A Folha esteve no clube nos últimos dois dias. Cerca de 150 operários trabalhavam nas obras, que tomavam de entulho a entrada principal, na avenida Santos Dumont.

Alguns ginásios ainda não tinham pintura e parte da área externa, esburacada, começava a ser pavimentada.

Banheiros estavam sem os vasos sanitários e não havia bebedouros --os funcionários traziam água de casa.

Segundo o secretário municipal de Esportes, Celso Jatene, tudo será resolvido até a Virada e serão tomadas precauções nas áreas em obras para a segurança do público.

Ele afirma que, quando pronto, o centro funcionará diariamente, das 7h às 23h.

REFORMA RADICAL

O Clube de Regatas Tietê passou para o controle da prefeitura em novembro de 2012, depois de acumular uma dívida milionária, com processos trabalhistas e impostos atrasados, segundo Lauro de Melo Carvalho, último presidente da agremiação.

Desde janeiro deste ano, o local passa por reforma radical, que demoliu suas quatro piscinas. "Mudou até o horizonte, não há mais o azul nem o trampolim. Vim hoje, mas depois vou passar a quilômetros daqui", diz Carvalho.

No lugar das piscinas e de um campo de futebol, a prefeitura instalou um gramado sintético de 20 mil m².

Segundo Haddad, as piscinas do clube eram "irrecuperáveis". "Só para consertar os vazamentos, gastaríamos R$ 10 milhões. A reforma do clube todo custou R$ 14 milhões", afirma.

O prefeito diz que nessa área serão instalados telão, palco e equipamento para shows com plateia de até 40 mil pessoas.

No terreno do clube, o único edifício que não passou por reforma é o utilizado como campus da Faculdade Zumbi dos Palmares.

Segundo o reitor José Vicente, a instituição não paga pelo uso do imóvel, mas faz sua manutenção e cede salas para atividades da prefeitura.

Questionada sobre a faculdade, a prefeitura afirmou apenas que "existe um processo em trâmite na Justiça".


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