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Outro lado

SP afirma que 'estranha momento' de saída da ANA

Sem citar proximidade com eleições, Estado lamenta rompimento da agência federal e diz esperar que ela volte

DE SÃO PAULO

Sem mencionar o período eleitoral, o governo de São Paulo afirmou que "estranha o momento" escolhido pela ANA (Agência Nacional de Águas) para sair do grupo de crise do sistema Cantareira, criado em fevereiro.

"A Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado estranha o momento dessa decisão e o fato de ter sido tomada de uma forma que contraria os critérios técnicos que continuarão pautando o trabalho do Daee [órgão regulador paulista], da Sabesp e dos demais integrantes do GTAG [grupo de crise]", disse.

A agência federal anunciou sua saída do comitê que assessora a gestão do manancial na tarde desta sexta (19), a duas semanas das eleições em que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tentará ser reeleito.

Em nota divulgada ontem (19) à noite, a secretaria afirmou ainda que lamenta o rompimento, mas que "espera que a ANA reveja sua decisão e volte ao grupo" --sinalizando que este deve continuar seus trabalhos.

Isso contraria a ANA, que, no ofício em que anuncia sua saída, também propõe a dissolução do comitê de crise, no qual sobraram representantes do governo paulista, da Sabesp e dos comitês das bacias hidrográficas que formam o sistema Cantareira.

Desde a tarde de sexta, a reportagem procurou todos os membros do grupo, mas a secretaria do Estado foi a única que se manifestou.

A pasta é comandada pelo secretário Mauro Arce, que é citado nominalmente no ofício da agência.

O texto o acusa de negar um acordo, firmado em agosto com o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, para que a Sabesp retirasse menos água do sistema Cantareira.

Por meio da assessoria da secretaria, Arce afirma que tal acordo nunca existiu.

Em sua nota, a pasta ainda disse que a ANA rompeu "unilateralmente um esforço conjunto que vinha sendo conduzido de forma harmônica desde a criação do GTAG [grupo de crise]".

A agência, porém, vinha fazendo críticas públicas ao governo paulista nos últimos meses, afirmando não haver "iniciativa" de sua parte para viabilizar as reuniões do grupo.


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