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Wolfgang Covi (1947-2014)

O austríaco, o dia 16 e o ritual dos aniversários

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Para o austríaco Wolfgang Covi, aniversários eram sagrados. Nos seus, sempre reunia toda a família. Depois, com a internet, ficava on-line boa parte de todo o 16 de setembro recebendo felicitações dos parentes do velho continente.

A exceção foi a última terça-feira (16), quando completava 67 anos, mas morreu de infecção generalizada.

Além de marcar o nascimento e a morte de Wolf, o dia 16, em mais uma coincidência, é a data de aniversário de seus dois filhos, Wolfgang Florian (16/4) e Adrian Edwin (16/1). "Diria que ele tinha uma precisão com números digna dos melhores engenheiros", brinca o mais velho.

Wolfgang mantinha um ritual também para comemorar a passagem da idade do pai, Josef. Todo mês de março, ia visitá-lo na Áustria.

Não eram apenas as viagens que o mantinham próximo das origens. Adorava contar histórias dos antepassados e fazer pratos típicos como o sachertorte (torta de chocolate). Quando ouvia um elogio, porém, respondia: "Com fome, tudo fica bom, né?".

Nos anos 70, deu a volta ao mundo de mochilão --do Afeganistão ao Havaí, resume a família. Chegou aqui na década seguinte para trabalhar numa multinacional.

Pouco depois, conheceu Antonia, no porto de Gênova, na Itália, quando embarcavam em um cruzeiro rumo ao Brasil. Casaram-se em 1983.

Gostava de ler, ver filmes e ouvir música, além de cachorros e de velocidade --o que rendia discussões com a mulher quando dirigia.

Deixa a viúva, os filhos e dois irmãos. Suas cinzas devem ser colocadas no túmulo do pai, Josef, na Áustria.


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