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Nível do Cantareira subiria 10,7 pontos com última reserva
DE SÃO PAULOMesmo sem autorização para captar a segunda parte do "volume morto" do Cantareira, a Sabesp anunciou nesta segunda (22/9) que o nível subiria 10,7 pontos percentuais com o uso da reserva.
O "volume morto" é a água que, por ficar abaixo do ponto de captação das represas, é puxada por bombas.
Nesta segunda, o sistema atingiu 8% da capacidade, menor nível da história. Se os 106 bilhões de litros adicionais da segunda cota das reservas fossem incorporados, o sistema chegaria a 18,7%.
Em maio, o uso da primeira parte da reserva (182,5 bilhões de litros) elevou o nível do sistema de 8,2% para 26,7%. Desde então, 69% da reserva já foi consumida.
A ANA (Agência Nacional de Águas) informou que ainda não deu a autorização para captação da água porque a Sabesp não apresentou um plano de operação dos reservatórios até maio de 2015.
Segundo a Sabesp, as obras para captação da reserva estão prontas e, se for necessário, a "eventual utilização será feita com a devida autorização".
Com o gasto médio diário (0,98 bilhões de litros de água) e as mesmas condições de chuva desde 16 de maio, o que resta do volume morto duraria quase dois meses.
Já a segunda cota, mantida essa mesma conjuntura, duraria mais 3 meses e meio.
A Sabesp afirma que "na remota hipótese de não chover uma gota na próxima estação chuvosa, está garantido o abastecimento, no mínimo, até março de 2015, quando estará consolidado o próximo período de chuvas".
Além do volume morto, a Sabesp conta com a transferência de água de outros sistemas e bônus sobre a conta para economizar.
Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência) de São Paulo, a região metropolitana deve ter chuvas mais intensas só depois das eleições de outubro.