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Ruth de Arruda Castro (1913-2014)

A centenária e os corais de Itu

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

De seus 101 anos, Ruth de Arruda Castro dedicou pelo menos uns 80 à música sacra, cantando em corais ou assumindo a regência deles.

Menininha, com apenas nove anos já se apresentava com o grupo das crianças na igreja Nossa Senhora do Carmo, em Itu, no interior paulista.

Cerca de três anos depois, no entanto, devido à sua bela voz, foi convidada para cantar ao lado de senhoras que tinham idade para ser sua avó.

Na regência do coro da Igreja Matriz, que assumiu no final da década de 1970, estava sempre em busca de novos integrantes, mas só se fossem extremamente afinados.

Também participou do coral Vozes de Itu e era conhecida na cidade por ter sido responsável, durante seis décadas, pelos hinos entoados na procissão de Passos, realizada na Semana Santa.

Desde que ficou viúva de Benedito, há 51 anos, passou a trabalhar como auxiliar de saúde. Ao ser aposentada compulsoriamente pelo Estado aos 70, sentia-se tão deprimida que acabou contratada pelo município para a mesma função. Ficou até os 83.

Recebeu medalhas e o título de heroína da Revolução de 1932. Ao lado de outras moças, costurou fardas para os soldados paulistas.

Aprendeu a escrever com as duas mãos no curso normal, pois uma das freiras do colégio não admitia que ela fosse canhota. Desestimulada, pois não conseguia terminar nem os ditados, desistiu de ser professora.

Morreu no dia 21, de falência de múltiplos órgãos. Deixa as filhas, Rosali e Maria Bernardete (o filho, Moises, já é falecido), oito netos, oito bisnetos e um trineto.


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