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Brasil tem menor índice de voos atrasados em 10 anos

Em 2013, 7,89% dos voos atrasaram mais de 30 minutos, segundo a Anac

Regras mais rígidas e o fato de as empresas terem ampliado tempo previsto de voo estão entre as explicações

RICARDO GALLO DE SÃO PAULO

O Brasil bateu em 2013 o recorde de pontualidade de voos nos últimos dez anos, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

No ano passado, 7,89% dos voos atrasaram mais de 30 minutos e 3,08% mais de 60 minutos, de acordo com o anuário da agência, a ser divulgado na segunda (13).

Em 2012, o índice de voos atrasados havia sido de 10,97% (mais de 30 minutos) e de 3,68% (mais de 60).

O pior ano para o setor --e para os passageiros-- foi 2007, auge da crise aérea, quando um a cada três voos atrasou mais de meia hora.

Desde então, regras mais rígidas impuseram às empresas aéreas, por exemplo, obrigações de assistência a passageiros em caso de atraso e cancelamento de voos.

Segundo a agência, a concessão de aeroportos (Cumbica, Brasília, Viracopos, Confins, Galeão e São Gonçalo do Amarante-RN) ajudam a melhorar a infraestrutura e, consequentemente, impactam nos resultados, principalmente a longo prazo.

Isso porque os concessionários responsáveis pelos aeroportos têm compromissos a cumprir com ampliação e manutenção de qualidade.

VOOS MAIS LONGOS

Mas uma das principais explicações para o resultado está em um expediente adotado pelas companhias aéreas nos últimos anos. Elas aumentaram o tempo reservado para viagem, criando "folgas" que permitam atenuar atrasos ao longo o dia.

Um voo não vai para o destino e volta. Ele vai, por exemplo, de Guarulhos para o Recife, de lá para Manaus, de lá para Boa Vista. Assim, atrasar o voo na origem causa efeito cascata que afeta todos os voos seguintes, o que prejudica os passageiros e, no limite, a própria empresa.

Esse tempo é definido por meio de um instrumento chamado "Hotran", por meio do qual a empresas aérea diz para a Anac qual horário reservou para determinado voo.

A reserva de horário de um voo que levava 65 minutos tem, agora, três minutos a mais, diz Maurício Emboaba, consultor técnico da Abear, associação que reúne TAM, Gol, Azul e Avianca."Os tempos de viagem estão aumentando sim e criando mais folgas, porque temos deficiências acentuadas de infraestrutura."

Entre elas estão as restrições de espaço aéreo e de limitação de capacidade dos aeroportos que criam filas para pousos e decolagens.

Há outras razões para a melhoria de eficiência, disse Emboaba. Os voos estão "fechando" (o último passageiro a embarcar) com maior antecedência, em média de 45 minutos, ante 30 minutos adotados anteriormente.

No geral, foram transportados, em 2013, 109,2 milhões de passageiros pagos.


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