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Análise

Nigéria mostra que doença pode ser controlada em país populoso

PATRÍCIA CAMPOS MELLO DE SÃO PAULO

No pior cenário analisado por especialistas do Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC), principal agência de controle de epidemias do mundo, o vírus ebola se alastraria pela Nigéria, o país mais populoso do continente africano.

Mas, por enquanto, a Nigéria tem funcionado como a esperança no meio do caos espalhado pelo ebola em Serra Leoa, Libéria e Guiné.

O país conseguiu conter a epidemia, ao menos temporariamente --foram ao todo 20 casos e oito mortes. O último caso confirmado foi no dia 31 de agosto.

O paciente zero foi o liberiano-americano Patrick Sawyer, que viajou da Libéria para Lagos, principal cidade da Nigéria, em 20 de julho. Ele estava vomitando e contaminou pessoas que tiveram contato com ele no aeroporto e no hospital em que foi internado. Daí, houve contaminações secundárias.

Mas o governo agiu rápido: agentes de saúde fizeram 18,5 mil visitas para monitorar 900 pessoas que haviam tido contato com infectados e alguns ficaram em quarentena.

Em parte, o sucesso se deveu ao centro de emergência que a Fundação Bill & Melinda Gates havia montado no país para combater a pólio e que foi adaptado. Além disso, cem médicos nigerianos haviam sido treinados em epidemiologia. O fato de os hospitais terem ar condicionado, diferentemente do que ocorre em Serra Leoa, também fez diferença: os médicos podiam ficar mais tempo com o macacão de proteção.

E assim a Nigéria provou que, em países com um pouco mais de recursos, o ebola pode ser controlado.


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