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Além do Paraná, refugiado esteve em ao menos 2 Estados

DA ENVIADA A CASCAVEL (PR)

Na terça (7), o sorridente Souleymane Bah, 47, parecia especialmente feliz com as roupas vibrantes que vestia. "São da África", disse. Dois dias depois, ele foi considerado o primeiro caso suspeito de ebola no Brasil.

Segundo a Polícia Federal, ele chegou ao país pelo aeroporto de Guarulhos (SP) em 19 de setembro. No dia 23, quando já estava hospedado no Paraná, foi a Dionísio Cerqueira (SC) pedir refúgio. Ele pode ficar no Brasil até setembro de 2015.

Ainda não se sabe por onde Bah passou em seu trajeto até o Sul do país.

Ele ficou hospedado do dia 21 de setembro até quarta (8) no albergue André Luiz, de uma entidade filantrópica de Cascavel (PR). Na ficha de inscrição, consta que o guineano é casado e tem dois filhos.

A região atrai haitianos e africanos, que buscam emprego em frigoríficos. Na cidade, Bah solicitou uma carteira de trabalho.

Segundo a psicóloga do albergue Fabiane Fauth Ferreira, 37, Bah fala francês, muito pouco de inglês e uma língua que os funcionários entenderam ser nativa. Por isso, a comunicação entre eles se dava por gestos.

No dia 29, ele pediu ajuda à psicóloga. "Apontou a língua e a barriga. Não fez sinal de febre", disse.

Seu último dia no albergue foi quarta. Apenas pela TV, no dia seguinte, os funcionários souberam dele.

A suspeita mudou a forma como a cidade olha os estrangeiros, diz a presidente da entidade, Tereza Cristina Neppel, 62. "Fiquei aqui uns 20 dias com ele. E se eu cair doente também?", afirmou o brasileiro Wallison Novaes Ramos, 18.


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