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Haddad quer que Ceagesp deixe a Vila Leopoldina

Prefeito diz que mudará zoneamento para que área ganhe moradia popular e parque

Plano é que novo entreposto seja erguido, em parceira com a iniciativa privada, perto do Rodoanel

DE SÃO PAULO

O prefeito Fernando Haddad (PT) disse nesta segunda (13) que planeja retirar a Ceagesp --maior entreposto de alimentos da América Latina-- da Vila Leopoldina, na zona oeste da capital.

No terreno de 700 mil m² pertencente à União, ele quer que sejam construídos habitações populares, parque e área para empresas.

O objetivo é reduzir o tráfego de caminhões nas congestionadas marginais Tietê e Pinheiros e gerar moradia e emprego em área bem localizada --o antigo bairro industrial é hoje uma área residencial bastante procurada pela classe média e média alta.

Para viabilizar a ideia, o prefeito diz que a Lei de Zoneamento, que será votada na Câmara em janeiro, terá que ser alterada --a área é de ocupação industrial.

Haddad afirmou que a Ceagesp seria transferida para um novo local, ainda em estudo, próximo ao Rodoanel. A obra seria feita em parceria com a iniciativa privada.

"O parceiro privado entregaria à cidade uma nova Ceagesp pronta, mais moderna. A ideia é colocar a Ceagesp num lugar mais estratégico do ponto de vista da logística, da distribuição", disse.

A companhia estatal afirma que uma eventual mudança ainda está sendo discutida e depende de sua exclusão de um plano de privatizações pelo governo federal, que limita operações financeiras.

Segundo a estatal, essa medida deve ser efetivada em breve e "vai proporcionar as condições legais e administrativas para a companhia negociar da melhor maneira possível sua mudança de local, inclusive com possíveis representantes do setor privado interessados em investir na atual área da Ceagesp".

José Luiz Batista, presidente do sindicato de donos de comércio, diz que há consenso de que a estrutura do entreposto é obsoleta.

"Agora, é preciso haver um estudo de viabilidade para saber se é melhor fazer uma reforma ou mudar para outro local. Qualquer decisão tem que ver se não vai causar transtorno para o abastecimento e para as categorias que trabalham aqui", diz.

Para isso, a Ceagesp afirma ter contratado um estudo da Fipe, em fase de conclusão, que trata de "possíveis alternativas".

O plano de retirar o entreposto da Vila Leopoldina já foi aventado por outras gestões, mas nunca foi adiante por falta de verba e acordo.

A estatal também tem relação tensa com os permissionários. Em março, o início da cobrança de estacionamento, depois suspenso, gerou tumulto e quebra-quebra.

Outro empecilho é a situação jurídica --uma ação exige licitação para a escolha dos comerciantes, que hoje operam com permissões.


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