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Sete são mortos em chacina em São Carlos

Seis homens e uma mulher foram alvejados na periferia da cidade, no interior paulista; polícia vê ligação com drogas

Crime é a maior chacina do Estado neste ano; testemunhas dizem ter visto dupla disparar contra as vítimas

Mauricio Duch
Caixões com corpos de cinco das sete pessoas mortas em uma chacina ontem em São Carlos, no interior do Estado
Caixões com corpos de cinco das sete pessoas mortas em uma chacina ontem em São Carlos, no interior do Estado
JOÃO ALBERTO PEDRINI ENVIADO ESPECIAL A SÃO CARLOS (SP)

Seis homens e uma mulher foram assassinados na madrugada de ontem em São Carlos, na maior chacina do Estado de São Paulo ocorrida neste ano.

O crime ocorreu por volta das 2h próximo ao conjunto habitacional na Vila Izabel, na periferia da cidade, que fica a 232 km de São Paulo e a 116 km de Ribeirão Preto.

Cinco corpos foram encontrados por moradores do bairro por volta das 5h. Ainda de manhã, outros dois corpos foram localizados na mesma região.

De acordo com o delegado da DIG (Delegacia de Investigações-Gerais) Edmundo Ferreira Gomes, testemunhas disseram que as sete vítimas foram mortas por uma dupla.

Segundo as testemunhas, dois homens chegaram ao local a pé e dispararam mais de 40 tiros contra as vítimas.

"Todos foram mortos com características de execução. Levaram tiros na cabeça, no peito. Em 20 anos de trabalho [em São Carlos], nunca vi nada parecido. Não é comum. Foi uma covardia, uma brutalidade", afirmou o delegado.

De acordo com Gomes, as cinco primeiras pessoas foram mortas com tiros de revólver nove milímetros. Várias cápsulas foram encontradas no local. Perto das outras duas vítimas, assassinadas também com tiros, não foram achadas cápsulas.

DROGAS

A Polícia Civil informou que todos os mortos na chacina eram usuários de drogas.

Itamar Antonio Miranda, 52, e Demetrius Mota Frisão, 26, aparentavam ser moradores de rua, ainda de acordo com a polícia.

Antonio Romário Galera, 22, de vez em quando ia para a casa dos pais, em São Carlos, mas morava na rua.

Michel Bruno Fernandes, 21, e Thiago Adriano Pegoraro, 25, tinham família na cidade, mas, por causa do vício, também perambulavam pelas ruas.

Até a conclusão desta edição, as outras duas vítimas ainda não haviam sido identificadas pelos policiais.

TOQUE DE RECOLHER

No conjunto habitacional vizinho ao local onde ocorreu a chacina, o clima era de medo ontem.

Uma moradora que não quis se identificar disse que a violência aumentou no bairro depois da morte de um policial militar, no dia 14 de setembro. De acordo com ela, foi instituído no local até um toque de recolher por volta das 22h.

Antes, conta a moradora, "a vida era normal. Dava, inclusive, para sair à noite. Hoje, não mais".

A delegada-adjunta da DIG Denise Gobbi Skazal afirmou que, até 14 de setembro, 11 mortes foram registradas em São Carlos.

Após esse dia, quando um policial militar foi morto, já ocorreram 13 homicídios, aumentando significativamente o número de assassinatos no município.

Os 13 casos estão sendo investigados, mas a delegada adiantou que em nenhum deles houve confronto com policiais e que todos possuem as mesmas características -que são de execução.


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